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Uma certeza salesiana é a devoção a Maria Auxiliadora

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(ANS – Roma) – Por que continua sendo importante difundir a devoção a Nossa Senhora? Em maio de 2018, alguns educadores argentinos responderam a esta pergunta, reafirmando quão importante continua sendo Ela também hoje.

1.

  • É significativo porque é uma ajuda quando estamos em dificuldade, e é porque foi sobretudo a ajuda de Jesus. Desde a Anunciação, disse sim ao que estava para vir, aceitando tudo com Fé, acima de tudo.
  • Ela também visitou sua prima Isabel, ajudando-a e colocando-se a seu dispor.
  • Acompanhou e apresentou seu Filho ao templo.
  • Em Caná, sem a sua intervenção, o problema não teria sido resolvido: é Ela quem leva Jesus a agir diante de todos os convidados.
  • Maria segue de perto seu Filho. Intervém na paixão de Jesus acompanhando-o, sem alterar o seu destino.
  • Quando os discípulos estavam desorientados, em dúvida, não sabiam o que fazer, Ela os amparava, ficando com eles.
  • Ele acreditava em Deus mantendo-se consistente, celebrando e vivendo o em que acreditava. Sua ajuda vem da Fé num Deus que nunca abandona…

2.

Para Dom Bosco, a devoção a Maria SS. está ligada ao contexto de conflito e instabilidade de sua época. O século XXI não parece muito diferente, nem para a Sociedade nem para a Igreja. Nem mesmo para os jovens, tão expostos que estão a tantas coisas que lhes ameaçam a vida. Maria é mãe: cuida, protege, aviva. Diante de dúvidas e angústias, é guia, lugar seguro para encontrar ajuda. Por meio dela, chegamos a Jesus.

3.

No final da vida, Dom Bosco atribuiu tudo o que fez à Auxiliadora. Faz parte do “DNA salesiano”. Muitos de nós acreditamos na importância de que rapazes e moças de hoje, abandonados e em perigo, façam a experiência de ternura, acolhimento, segurança. Podemos falar-lhes de Maria Auxiliadora: mas também podemos convidá-los a olhar para Ela, a contemplar uma das tantas imagens que existem nas Casas salesianas. Com seu bebê nos braços, com seu manto de mil dobras: basta contemplá-la…

4.

Maria é mãe, por isso entende tudo o que acontece com seus filhos. E na mãe, desde pequenos, “confiamos”: ou seja, nos abandonamos em seus braços, sorrimos quando Ela está ali, porque nos consola, nos faz bem, nos dá tudo o de que precisamos. E não importa, quando somos crianças, no que acreditamos ou não. O importante é que Ela ‘está’ ali e nós nos deixamos levar. Nós sempre podemos ficar ali, aconteça o que acontecer. Poder viver tal experiência em nosso mundo de hoje não é pouco!

5.

“Ajuda” não significa uma “pequena ajuda” ou uma “promessa urgente”.

Não pedimos “ajuda” em todas as circunstâncias. Maria Auxiliadora é a “Mãe dos momentos difíceis”, aqueles em que todos nos encontramos quando precisamos de apoio materno.

6.

  • É uma Mulher do seu povo que caminha conosco.
  • Ela é a Mãe de Jesus e de cada um de nós.
  • Ela é Rainha, porque pede para fazer coisas boas.
  • Ela é Auxiliadora porque vem ao nosso encontro nos momentos difíceis.

7.

  • Às crianças mais velhas digo que Maria Auxiliadora sempre esteve e sempre estará com eles. Apesar dos erros, dos problemas, mesmo quando eles se afastam ou a visitam raramente, Maria permanece presente para cuidar deles, num contexto de muitas mudanças.
  • Para cuidar dos outros, é importante também deixar-se cuidar por todos aqueles por meio dos quais Maria Auxiliadora está presente em nossa vida cotidiana.

8.

  • Maria é uma mulher e tanto: não deixou Jesus sozinho na cruz; acompanhou-o e encorajou-o a concluir a obra que Deus Pai lhe confiara. Ela não nos abandonará.
  • Ela é uma mulher de esperança. Porque os primeiros discípulos, tão medrosos, depois da morte de Jesus, foram encorajados pela mulher que Deus havia escolhido como mãe de seu Filho.
  • Ela é uma mulher de Fé: “Bem-aventurados sois porque acreditastes”.
  • Há 20 séculos que está presente, onde quer que o povo de Deus precise d’Ela, para fortalecer sua Fé, alimentar sua esperança e empenhá-lo no amor.
  • E o povo está ciente disso: como explicar que há mais santuários e igrejas dedicados a Ela do que a qualquer outro Santo?

9.

Nós “divinizamos” o ser humano e seu poder com o uso da razão e da tecnologia. A devoção a Maria Auxiliadora nos abre ao mistério, à compreensão de que não podemos fazer tudo, que não somos onipotentes, mas abertos à necessidade. Entretanto, atenção: aquela que Maria “nos devolve” não é uma resposta onipotente, é uma resposta de maternidade, pobreza, ternura. Mostra o rosto misterioso de um Deus próximo do homem.

10.

Maria continua a ser importante do ponto de vista da confiança. Ela nos convida a confiar n’Ela porque ela confiou primeiro. Maria é aquela que permanece mesmo quando a Fé se esvai, enfraquece. Como rezamos na canção Quiero llegar: “Rogo que ajudes, com tua mão maternal, o pecador que confia somente em Ti”.

Quem já não dispõe de um pouco de Fé em Deus, ainda descobre um fio de esperança que o prende a Maria.