Início Comunicação Social Ex-educandos da Casa Dom Bosco fazem homenagem ao Padre Carlos Rey Estremera

Ex-educandos da Casa Dom Bosco fazem homenagem ao Padre Carlos Rey Estremera

176
0

“Valeu a pena!”. Esta foi a frase que marcou a noite de sábado (10/09) no Encontro da Amizade, realizado por ex-educandos e educadores que passaram pela Casa Dom Bosco. O encontro aconteceu na sede da obra social ‘Salesianos Ampare’ e teve o intuito de reunir os meninos e meninas, hoje já adultos, que foram atendidos pela obra social nos anos iniciais de sua criação.

Na ocasião, esteve presente o Padre Carlos Rey Estremera, salesiano responsável pela fundação da obra social e que hoje reside na Espanha. O salesiano espanhol veio ao Brasil especialmente para o reencontro com os ex-educandos e por isso recebeu uma homenagem, em nome da Câmara Municipal de Campo Grande, com o título de “Visitante Ilustre”, entregue pelo ex-educando e atual vereador da capital, Professor Riverton Francisco de Souza. O vereador foi o responsável por levar a pauta da homenagem à Câmara de Vereadores de Campo Grande. “O melhor diploma que eu tenho não é o de vereador ou a formação acadêmica que tive. O melhor diploma que tenho na vida é o de ter feito parte da Casa Dom Bosco”, disse em seu discurso na entrega do título. Em suas redes sociais, Professor Riverton declarou sua gratidão pela vida e trabalho do Padre Carlos: “Agradeço mais uma vez a esse que foi o direcionador de muitas vidas como a minha. Obrigado Padre Carlos, por existir na minha vida”.

O encontro foi repleto de felicidade e nostalgia, com apresentações musicais que relembraram a época em que os presentes estiveram na casa salesiana. Até mesmo a pasta de músicas cifradas usada nos anos 80 e 90 marcou presença. A apresentação musical em homenagem ao Padre Carlos Rey relembrou histórias e ressaltou como a música era usada como instrumento educativo aos atendidos da Casa Dom Bosco.

O reencontro contou com testemunhos emocionantes dos participantes, ex-educandos e ex-colaboradores, que fizeram memória a pessoas que conheceram na obra social, às histórias vividas e, em todos os testemunhos, demonstraram a gratidão pela vivência que tiveram e pelo trabalho dos Salesianos e colaboradores na vida de crianças, adolescentes e jovens que necessitavam de assistência. Um botão de rosa foi a gratidão de forma concreta que os assistidos puderam entregar aos educadores que fizeram parte de suas histórias.

Durante a cerimônia, foi apresentado um vídeo com fotografias históricas da Casa Dom Bosco e dos assistidos. Os presentes puderam se identificar e relembrar as amizades que lá construíram. No vídeo, também fizeram memória aos educandos e colaboradores que já faleceram.

Marcílio Caetano, um dos coordenadores do evento, foi quem conduziu a cerimônia. Na ocasião, convidou o Ir. Fábio Júlio, diretor da obra social Salesianos Ampare, para representar o Inspetor, Padre Ricardo Carlos. Por sua vez, o Ir. Fábio Júlio acolheu a todos e parabenizou a iniciativa da homenagem.

Marcílio, por sua vez, agradeceu em nome de todos os participantes e organizadores do evento, agradeceu o espaço cedido e o apoio dado pelos Salesianos para a realização do Encontro da Amizade. Ele conta com alegria sua trajetória na obra social. “Comecei na Casa Dom Bosco quando criança aos 10 anos de idade e passei também pela Salesianos Ampare. Venho de uma família muito humilde, muito simples e que enfrentou muitas dificuldades, e tanto a Casa Dom Bosco como a Ampare, em nome do Padre Carlos e de todos os educadores, foram a grande diferença na minha vida. Hoje sou professor, por formação, e além disso, coordeno um projeto social pela Prefeitura em Nova Andradina que atende sessenta crianças. Tento fazer tudo aquilo que fizeram por mim, por outros. […] Só sinto gratidão, hoje tenho 43 anos e só consigo sentir gratidão, em nome do Padre, do Inspetor e de todos os educadores. Acredito que o mais importante é que isso não parou. Até hoje a Casa Dom Bosco continua, a Salesianos Ampare continua fazendo nas vidas das crianças, o que fez na nossa. A gente acredita que o resultado sempre vem, e isso é maravilhoso”, comenta.

“Esse encontro já era um sonho do Padre Carlos há muito tempo, e eu vinha sempre para Campo Grande e certo dia pensei: ‘por que não?’. E aí criamos um grupo de WhatsApp, mas veio a pandemia e não deu para fazer. Mesmo assim, começamos a conversar uns com os outros, e o Padre Carlos, mesmo distante me disse: ‘se você fizer, eu vou’. Graças a Deus, todos contribuíram, bem como os salesianos que contribuíram para a vinda do Padre. Isso é um marco na nossa história”, disse.

Padre Carlos Rey Estremera acompanhou as apresentações e testemunhos com os olhos cheios de gratidão por ver tantos atendidos bem encaminhados em seus projetos de vida, bem como se alegrou em conhecer seus familiares, filhos e netos.

Em sua fala, comentou que o ditado popular “aguenta coração” é real, e que relembrar todas estas boas lembranças gerou nele muitas memórias e emoção. “O momento mais importante da minha vida foi o tempo que trabalhei na Casa Dom Bosco. (…) O mais importante que fiz na vida, não foram os estudos, os títulos de universidade, foram os anos que trabalhei no Brasil com a criançada de Campo Grande. E isso é para mim uma grande honra. Agora estou em outra área, fazendo outras coisas, mas isto aqui foi o melhor que fiz. (…) Estou com muita alegria, nunca pensei que vocês aprontariam tanto [risadas].(…) Quero deixar bem claro que o mérito é, na verdade, da equipe de educadores, da Missão Salesiana, e de modo especial, de Deus, que procurou vocês onde quer que estavam, através de pessoas concretas. Porque Deus trabalha sempre assim, através de mediações. Nós fomos apenas instrumentos de Deus. É a Deus que agradecemos, é a Deus que louvamos. Se a vida que vocês têm agora é diferente da que vocês teriam tido, é graças a Deus”, discursou emocionado.

Ao fim de seu discurso, Padre Carlos concedeu sua bênção aos presentes.

A noite seguiu com o jantar, pensado carinhosamente para promover a memória afetiva, com pratos que relembram a época em que estes meninos e meninas viveram na obra social. Também uma sala de jogos e de dança, no estilo discoteca, foram preparadas.

 

Gabriela Vilela

Assistente de Comunicação – MSMT