No Curatorium do Pós-noviciado, alegria, criatividade e piedade envolveram os corações dos salesianos presentes na casa.
“Seja adorado e seja amado, nesta terra de Santa Cruz!” Ao som de louvores entoados pelos salesianos pós-noviços, aconteceu a Solenidade e tradicional procissão de Corpus Christi. Neste ano, a comunidade Católica foi surpreendida pela pandemia da COVID-19, por isso readequou a tradição que de mais de meio milênio. A readequação aconteceu somente nas formas e nos espaços de celebração, mas a devoção e o fervor Eucarístico continuam.
Neste ano, a grande festa do Corpo e Sangue do Senhor pode ser comemorada pelo Curatorium do Instituto Salesiano São Vicente – em Campo Grande (MS) – de maneira muito especial. Em anos anteriores, os salesianos de votos temporários e perpétuos, residentes no Instituto São Vicente, , celebravam a solenidade litúrgica junto ao povo de Deus – local ou em outras realidades que estivessem. Desta vez, atentos a todas as indicações das instituições civis quanto ao isolamento social, a opção foi por celebrar a grande festa na própria comunidade religiosa.
Os 35 salesianos presentes na casa contribuíram na organização. Ao todo, foram confeccionados mais de 100 metros de tapetes, nas suas diversas formas, que representavam as realidades de uma comunidade orante e cativada pela Alegria do Cristo Ressuscitado. Não faltaram as expressões que pudessem apresentar a Fé, a Piedade, o carinho à Mãe de Deus, o amor pela Juventude; componentes essenciais, que reforçassem também as devoções “brancas” da Sociedade Salesiana: a Eucaristia, Maria e o Papa, tanto recomendadas por São João Bosco. Tudo isto, pois: “A presença da Eucaristia em nossas casas é para nós, filhos de Dom Bosco, motivo de frequentes encontros com Cristo” – das constituições e regulamentos da Pia Sociedade de São Francisco de Sales.
Diante da impossibilidade de saídas constantes para aquisição de materiais secundários às necessidades da comunidade religiosa, foi estabelecido o compromisso de utilizar recursos que pudessem ser encontrados dentro da própria comunidade religiosa. E, assim, somente alguns quilos de pó-de-serra foram conseguidos por meio mãos generosas. Areia vermelha, areia branca, areia lavada, areia molhada, areia vermelha com areia branca, areia branca com pó-de-serra: foram umas das diversas tonalidades conseguidas para a ornamentação. Alguns resquícios de tintas guache também colaboraram para tonalizar os ladrilhos e as cerâmicas oriundas de reformas e manutenções da casa, que também foram utilizados na confecção dos tapetes. Capas de revistas juvenis, ícones, folhagens fizeram os últimos detalhes.
Os preparativos começaram na tarde da véspera e duraram quase 12 horas. A celebração começou na Capela da Luz, presidida pelo Pe. Ademir Lima, junto aos salesianos residentes no pós-noviciado.
Após a comunhão, foi feita a procissão cantante até a Capela São Francisco de Sales, onde aconteceu a adoração e a bênção do Santíssimo Sacramento.
Vinícius Martins, sdb.
