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Trabalho vocacional é tema central de encontro de Párocos, vigários, reitores de Santuário e coordenadores de pastoral das presenças salesianas da MSMT

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Em 3 dias de encontro, cerca de 50 pessoas, entre Párocos, Vigários paroquiais, Reitores de Santuário, Coordenadores e Pró-reitores de Pastoral, fazem um trabalho de “reciclagem” para aprofundar conceitos, formas e estilos de trabalho pastoral, a partir das orientações da Igreja, dadas através da Exortação Apostólica do Papa Francisco “Christus Vivit”. Este é o primeiro de dois encontros previstos na programação anual da Pastoral Juvenil e Vocacional da Missão Salesiana de Mato Grosso, e acontece no Instituto São Vicente – Lagoa da Cruz.

Pastoral Vocacional — De acordo com o Delegado Inspetorial para a Pastoral Juvenil da MSMT, P. Wagner Luís Galvão, o objetivo é aprofundar o conceito pastoral de ‘vocação’, para aprofundar e acompanhar melhor os jovens em cada uma das presenças salesianas da Inspetoria, mesmo naquelas em que todo o trabalho é realizado pelos leigos. “É um encontro com os salesianos e leigos, aquilo que a Congregação vem pedindo e nós fazemos com muito carinho. No último Capítulo Geral 27 já se falava desse trabalho dos leigos. E quando falamos na vocação, o texto da “Christus Vivit” fala da vocação e não só da vocação sacerdotal e religiosa, mas todas as vocações, e nós queremos também ajudar, nós queremos auxiliar como diretores espirituais, acompanhantes espirituais, ajudar os jovens a discernir a própria vocação. Nós, salesianos aprendemos isso de Dom Bosco, que foi um grande incentivador das vocações”, afirmou.

Responsabilidade Eclesial — A orientação do encontro é do Bispo da Diocese de Jaboticabal (SP), D. Eduardo Pinheiro da Silva, oriundo da Inspetoria Salesiana de Mato Grosso e que trabalhou por 10 anos como referente da pastoral da juventude do Brasil da CNBB. Ele fez uma análise profunda sobre o momento atual da sociedade e da juventude diante das questões mais relevantes para a Igreja: valores, fé, felicidade e vocação. “A igreja particular tem uma responsabilidade muito grande de estar em sintonia com aquilo que a Igreja Universal orienta. O Sínodo do qual participei desenvolveu essa dinâmica da vocação como algo que é um serviço e uma responsabilidade da igreja em acompanhar cada fiel. De um modo particular nesse contexto, o jovem. Por isso a nossa responsabilidade é muito grande ao olhar para uma pessoa, um jovem, nós descobrirmos ali, com ele, o que Deus quer dele”, esclareceu.

Estar com os jovens — Dom Eduardo ainda reiterou o alerta feito pelo P. Ángel Artime, reitor-mor salesiano, de que as redes sociais são “o novo pátio” onde o salesiano precisa estar presente como amigo, pai e pastor para os jovens. “Ou a gente encara esse mundo, essa vida, a partir dessa ótica midiática, nesse contexto das redes sociais ou a gente vai ficar para trás antes da hora. Não tem retorno. E ainda: não sou eu e não é a minha geração que vai dar a resposta. Mas eu posso apoiar os jovens, eu posso acreditar neles, isso eu posso fazer. Essa oferta de elementos, é o jovem que vai dar. Não sou eu com os meus estudos e meus livros. Eu vou ajudar o jovem com as suas ideias e sua percepção e, juntos, encontraremos um caminho”, considerou.

Fórmula salesiana — Sobre a questão vocacional, tão pedida pela exortação apostólica, Dom Eduardo foi enfático: os salesianos têm a fórmula infalível para trabalhar com os jovens há muito tempo. “Olha, eu sou suspeito em falar que a pedagogia Salesiana é uma riqueza para que a gente descubra vocações das várias áreas, de vários tipos, para consagrados, sacerdotal, matrimônio. Porque nós sabemos o que tem que fazer. É que a gente não faz direito,” alertou. No entanto, apontou o caminho a ser percorrido na pastoral vocacional: “Essa proximidade, a escuta, as diversas oportunidades que um ambiente Salesiano concede à juventude, fazem o jovem pensar na vida de maneira mais ampla, a entender que no meio de tanta de divagação, de tantas e tantas oportunidades, existem coisas muito sérias que podem dar consistência ao seus desejos mais profundos de felicidade. Então, nós temos essa pedra preciosa na mão que nem sempre a gente utiliza”, finalizou.