Pode ser que seja só uma moda surgida a partir das circunstâncias geradas pelo isolamento imposto, mas a funcionalidade do mecanismo de reuniões virtuais também pode criar uma nova cultura no mundo empresarial e de comunicações.
Rede Salesiana — Os coordenadores e delegados inspetoriais de Comunicação da Rede Salesiana Brasil (RSB) estiveram reunidos, virtualmente, nos dias 24 e 25 de março para a realização de seu encontro anual. O encontro foi presidido pela diretora-executiva da Rede Salesiana Brasil de Comunicação (RSB-Comunicação), irmã Márcia Koffermann. Ao longo do encontro, os participantes expuseram os principais problemas do âmbito da Comunicação que as inspetorias salesianas do Brasil vêm enfrentando.
Pelo Instagram — O CESAM-GO — Centro Salesiano do Aprendiz – adotou as “lives” pelo aplicativo “Instagram” para a acolhida diária dos jovens. “O CESAM-GO sempre praticou o momento de espiritualidade com os seus aprendizes diariamente. Devido ao atual cenário, no qual as atividades foram suspensas e usando a tecnologia a favor, surgiu a ideia de fazer ‘lives’ de acolhida com os aprendizes. Todos os dias às 8 horas, um educador é responsável pela acolhida, e faz a leitura do Evangelho do dia, uma pequena reflexão e oração. É um momento de todos se sentirem mais perto uns dos outros”, afirma a educadora Danielle Araújo. As ‘lives’ são realizadas pela rede social em tempo real, permitindo a interação de quem as assiste.
Novena Virtual — Em Campo Grande (MS), jovens da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora criaram uma ‘Novena Virtual a Nossa Senhora Auxiliadora’, com o objetivo de motivar os participantes das pastorais juvenis a rezarem mesmo durante a quarentena, conforme uma proposta feita pelo Reitor-mor, D. Angél Artime. A novena ocorre todos os dias, dentro do aplicativo ‘Discord’, às 21 horas e conta com a participação de mais de 100 pessoas, divididas em 12 setores. Além de rezarem a novena, eles também rezam um Terço da Divina Misericórdia. A intenção dos jovens é, quando terminar a epidemia do covid-19, continuar rezando todos os dias como uma forma de agradecimento.
Escolas — No Colégio Dom Bosco de Campo Grande (MS) e no Colégio São Gonçalo de Cuiabá (MT), as aulas presenciais estão suspensas até o dia 3 de maio, assim como as demais escolas públicas e particulares nos dois Estados. No entanto, as atividades escolares estão em pleno funcionamento através da internet. As duas instituições orientaram os alunos a acompanharem os conteúdos, em caráter de complemento, através de uma ferramenta online, com todas as disciplinas. A plataforma digital funciona como uma sala de aula com a presença dos professores, que apresentam vídeos, atividades e resoluções de exercícios. A funcionalidade está disponível para estudantes do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio. Se depois da pandemia a modalidade vai emplacar também no ambiente escolar de Ensino Fundamental e Médio, ainda não se sabe, mas no nível superior, os cursos EAD já são uma realidade para a qual as instituições não têm mais como abrir mão.
Empresas — No âmbito administrativo, diversas empresas mundo afora passaram a adotar o sistema de reuniões virtuais para continuar as atividades diante da necessidade imposta de isolamento social. O primeiro impacto foi que a empresa americana de reuniões virtuais Zoom, cujas ações dobraram de preço com o surto da covid-19, já está valendo mais do que todas as companhias aéreas americanas somadas. Talvez as pessoas não deixem de voar, mas as empresas podem se dar conta de que as reuniões via zoom são tão produtivas como as presenciais, só que mais baratas.
Na sede da Missão Salesiana de Mato Grosso, os representantes dos setores Financeiro e Jurídico têm mais de uma reunião online por dia, em substituição às reuniões presenciais que eram feitas antes da imposição de isolamento como medida sanitária. A produtividade é semelhante ao formato presencial, com a vantagem de ter custo menor.
Futuro — As vantagens e desvantagens das reuniões virtuais começam a ser avaliadas em cada uma das empresas que adotaram o formato para manterem as próprias atividades. Quando o período de restrições passar, certamente a prática em uso pode ser adotada como uma nova estratégia de trabalho, sem que haja a necessidade de isolamento social.