“Se a gente não ficar atento a essas questões da falta de uma cultura digital nas obras salesianas e uma ausência de planejamento na linha da comunicação e do marketing, não tem como a gente avançar para nada nas nossas obras”, afirma Guilherme Barbosa da Silva, assessor do Encontro de Polo da Rede Salesiana Brasil para os profissionais que atuam na área da comunicação nas Inspetorias de Campo Grande e Cuiabá – Inspetoria Salesiana de Campo Grande (SDB-BCG), Inspetoria Imaculada Auxiliadora (FMA-IIA) e Inspetoria Nossa Senhora da Paz (FMA-Inspaz).
O encontro realizado nos dias 9 e 10 de agosto no Instituto São Vicente (Lagoa da Cruz), em Campo Grande teve essa orientação baseada na identificação, por parte da RSB, de algumas situações a serem corrigidas no campo da Comunicação e Marketing em todo o Brasil.
Diante dessa preocupação foram apresentados meios para “aprimorar, fortalecer ou até mesmo criar o planejamento de comunicação e marketing, além de enraizar um pouco mais a cultura digital, cada vez mais necessária no contexto mercadológico e também no contexto juvenil”, afirmou Guilherme
A orientação repassada a todos os participantes do encontro é trabalhar os conteúdos de informação produzidos em cada presença salesiana com uma visão muito mercadológica, mas sempre diante do carisma salesiano. A intenção é corrigir o que, na visão acadêmica, é chamado “miopia do marketing”. “Isso é quando a gente foca mais no próprio serviço, no nosso produto e esquece das pessoas. Precisamos identificar quais são as necessidades das pessoas, as dores dessas pessoas, as perspectivas (de vida) delas, para modelar melhor a nossa linguagem e dialogar de forma muito mais assertiva com todas elas”, explicou o assessor do encontro.
Essa mudança na linguagem e no relacionamento com os destinatários das atividades não é algo simples, diante da importância histórica e do valor cultural que estão presentes em cada mensagem publicada pelas instituições salesianas. Por isso, Guilherme alerta: “Se a gente não se ativer às questões mercadológicas, a gente vai acabar perdendo o mercado, o que significa perder território para aplicar a missão salesiana. Mas os religiosos estão já começando a entender mais isso”, destacou.
O alerta também se estende à narrativa construída em cada atividade: “Existe a necessidade de personificar a marca salesiana pelo ‘brand persona’. Não é arrumar um expoente para ser representante dessa marca, mas pegar o carisma salesiano e dar uma voz como se fosse de uma pessoa. Em vez de ter uma linguagem técnica e formal, é preciso ter uma linguagem mais simples e coloquial porque dá mais resultado e as pessoas percebem mais o valor da marca”, ressaltou o assessor.
Os participantes do encontro tiveram a oportunidade de conhecer a estrutura do departamento de Comunicação e Marketing da UCDB e ouvir do Salesiano Irmão Gilliano de Castro como a instituição tem tratado a comunicação institucional diante dos desafios e necessidades apresentados pelos jovens desta década.
A finalização do encontro é apenas o início do processo que tem como maior desafio para a RSB é acompanhar a evolução dessas aplicações aqui no dia a dia de cada obra pensando no seu desafio local, divido às extensões continentais do território brasileiro e por terem os salesianos uma presença forte e sólida, espalhada por todo o Brasil.