Triplicar a produção de farinha de mandioca e de rapadura da comunidade Furnas do Dionísio e fazer com que os produtos cheguem às prateleiras dos supermercados são os primeiros resultados esperados da parceria firmada, ontem (28), entre a Universidade Católica Dom Bosco e a concessionária de energia elétrica Energisa. Atualmente, a comunidade produz 800 quilos de farinha e duas mil unidades de rapadura por mês.
Pelo termo de cooperação, no valor de R$ 722 mil, 102 famílias da comunidade de Jaraguari poderão ver suas potencialidades exploradas por meio da capacitação de pessoal, aumento da produção sem a descaracterização da produção local e artesanal, mas atendendo às normas e padrões estabelecidos por lei, da popularização da marca de Furnas do Dionísio, certificação de produtos, divulgação da cultura e valorização da produção.
Participaram do evento o Reitor da UCDB, Pe. Ricardo Carlos, o diretor-presidente da Energisa, Marcelo Silveira da Rocha, presidente da comunidade quilombola de Furnas do Dionísio, Adriano dos Santos da Silva, e os secretários de Estado de Produção e Agricultura Familiar, Fernando Mendes Lamas, e de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação, Renato Roscoe. Estiveram presentes, ainda, os Pró-Reitores de Administração, Herivelton Breitenbach, e de Extensão e Assuntos Comunitários, Luciane Pinho de Almeida, além do diretor da Fundação Tuiuiú, Dr. Ruy de Araújo Caldas, e representantes da OCB, Famasul e Fiems.
“Boas ideias e a união de esforços podem oferecer coisas muito boas para a comunidade e queremos criar um projeto piloto, a partir deste, para ampliar os benefícios. Precisamos potencializar e descobrir as grandes vocações que o Estado tem, dar visibilidade ao que já se faz muito bem, mas que está escondido”, ressaltou Pe. Ricardo.
Marcelo Rocha lembrou a trajetória até a formalização do convênio e destacou: “O projeto se encaixou nos recursos destinados à eficiência energética. Acredito sempre que o dinheiro deve ser aplicado na própria comunidade do Estado e não ser destinado a outras unidades da federação”.
Pelo acordo será implantada uma unidade de processamento de produtos oriundos da cana-de-açúcar (rapadura e melado), da mandioca (farinha e polvilho), da atividade extrativista (baru, macaúba e pupunha), além da reforma e ampliação de uma área multiuso para a comunidade. Nesse local acontecerão os treinamentos e capacitações técnicas para melhoria dos processos produtivos e comerciais.
Com as capacitações, a expectativa é racionalizar a produção local e estruturar a cadeia produtiva, de forma que os produtos cheguem a mais pontos de venda.
“Só tenho a agradecer e acredito que o projeto trará muitos resultados para nós. Acreditamos na nossa capacidade e temos a certeza que poderemos ampliar nossa produção, gerar renda e beneficiar nossa comunidade”, disse o presidente da comunidade.
Fonte: Silvia Tada
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