Encerrou-se ontem, 23 de novembro, o Congresso Histórico Internacional do Bicentenário “Desenvolvimento do carisma de Dom Bosco até à metade do século XX”. Durante o discurso de encerramento o Reitor-Mor focalizou o “Futuro do Carisma de Dom Bosco” e a fidelidade que se espera de “seus filhos”, a respeito da qual disse: “A nossa fidelidade corre um grande risco quando se vive na perspectiva do poder e da força, de quem os tem e, porque os tem, os dá ou os tira, os oferece ou os nega. E se este poder e força andarem unidos ao dinheiro, o risco que se corre é ainda muito maior”.
Por Andrés Felipe Loaiza, SDB
A cerimonia de encerramento do Congresso iniciou com o saudação do Pe. Pascual Chávez Villanueva, Reitor-Mor Emérito. Em seguida, também à presença do Cardeal Raffaele Farina, SDB, Bibliotecário Emérito da Biblioteca Vaticana, foi apresentada a relação “Problemas abertos e perspectivas do Congresso” pelo Prof. Giorgio Chiosso, que afirmou: “Descobrir o que foi o Sistema Preventivo à luz das poucas páginas de Dom Bosco significa voltar a descobrir a identidade mesma do carisma do qual tudo se originou; significa tomar consciência de que o Sistema Preventivo é um projeto que desafia as pessoas dos educadores e não simplesmente uma práxis de se atuar”.
O Pe. Fernández Artime, Reitor-Mor, exordiou em seguida fazendo uma análise sistemática do carisma de Dom Bosco a partir do Concílio Vaticano II. Na circunstância fez saber que suas palavras seriam para toda a FS, sobretudo na segunda parte da sua fala, visando as perspectivas do futuro.
Portanto, concentrou a sua análise em como a Congregação se colocou no Concílio, com uma atenção específica ao aspecto das vocações e do renovamento da Vida Consagrada; quanto ao carisma salesiano, falou de sua renovação e de tudo quanto trouxe, e continua a trazer, o Capítulo Geral Especial da Congregação, acrescentando: “Precisaria estudá-lo mais profundamente”.
O Pe. Fernández Artime citou também vários dos seus predecessores, como o Pe. Viganó e o seu “chamado a dirigir a Congregação num momento mui delicado, qual o do pós-Concílio”. Recordou o processo das Constituições Salesianas, onde “pode-se dizer que o processo de reformulação do Carisma (.…) culmina no CG22, com a aprovação – antes Capitular e depois pela Santa Sé, em 25 de novembro de 1984 – das atuais Constituições”.
Quanto ao futuro do Carisma, repisou que “o nosso DNA continua a ser o de seguir Dom Bosco”. Par tanto serviu-se das palavras do P. Albera: “Há muitos, também entre nós, que falam de Dom Bosco,somente por aquilo que dele ouvem dizer. De aí a necessidade verdadeira e urgente que com grande amor se lhe leia a vida; com vivo interesse se lhe sigam os esnsinamentos; e com afeto filial se lhe imitem os exemplos”.
O P. Artime sublinhou em seguida a dimensão missionária da FS como “Garantia da Fidelidade e da Autenticidade do carisma de Dom Bosco”; e recordou o Projeto África, iniciado pelo P. Viganó em 1980, e o Projeto Europa, iniciado pelo P. Chávez, em 2008.
O Reitor-Mor rematou a seguir o Congresso repisando com ênfase uma sua “intensa convicção” relativa a qual seja o empenho que compete à FS hoje: “A nossa fidelidade a Dom Bosco, como FS neste século XXI e nos anos sucessivos ao seu Bicentenário, pede-nos um serviço à Igreja, ao povo de Deus, aos jovens, especialmente mais pobres, e às famílias; um serviço que se distinga e caracterize pela simplicidade, familiaridade, humildade, no ser e viver para os outros, dar e dar-se aos jovens pela realidade das nossas presenças: porque temos aceito que esta é a nossa maneira de viver”.
O áudio da sessão conclusiva do congresso, a par de outro material, está disponível no sítio web sdb.org.