Durante dois dias – 5 e 6 de setembro – intensos de estudos e debates, párocos, vigários, reitores de Santuários e leigos participaram do Encontro Inspetorial de Párocos no Instituto São Vicente, em Campo Grande.
A abertura do encontro que reuniu cerca de 30 pessoas foi feita pelo Vigário Inspetorial, P. Ademir Lima de Oliveira, representando o inspetor, P. Ricardo Carlos, que esteve nos mesmos dias no encontro de missionários salesianos, em São Marcos (MT). P. Ademir presidiu a Santa Missa no primeiro dia do encontro.
As formações sobre a nova edição do Missal Romano foram feitas pelo P. Eduardo Binna, do clero da Arquidiocese de São Paulo, doutor em Teologia pelo Pontifício Instituto Oriental de Roma. Além da própria nova tradução do Missal, P. Binna utilizou como referência para a formação uma vasta bibliografia de documentos da CNBB acerca da Liturgia Católica para o Rito Romano, entre eles, o livro “Instrução Geral para o Missal Romano Terceira Edição”, com comentários de José Aldazábal Larrañaga.
A tradução brasileira dessa terceira edição do Missal Romano levou 18 anos de trabalho da Cetel. A jornada começou após a promulgação, em 2002, pelo Papa João Paulo II, da nova edição. Em entrevista concedida à Revista Bote Fé, em 2020, o arcebispo emérito de Mariana (MG) e membro da Cetel, dom Geraldo Lyrio Rocha, explicou que “além de alguns novos ‘formulários’, foram introduzidas várias alterações na Instrução Geral que foi imediatamente traduzida pela CNBB e submetida à Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, de acordo com o que determinava a legislação em vigor”.
Havia, no entanto, um documento da mesma congregação que estabelecia os princípios que devem orientar as traduções dos textos da Liturgia romana nas várias línguas. Seguindo as determinações da instrução, a presidência da CNBB nomeou uma comissão de peritos para fazer a revisão do Missal Romano, a fim de aproximar ao máximo a tradução aos textos em Latim. A seguir, o trabalho dos peritos foi submetido à apreciação da Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos (Cetel).
À medida que o trabalho ia se concluindo, os textos eram submetidos à aprovação da Assembleia Geral da CNBB. P
Oficina de Comunicação — O último período do encontro de párocos foi reservado a uma “oficina de comunicação”, realizada pelo delegado inspetorial de Comunicação, Euclides Fernandes. O trabalho foi focado em demonstrar aos sacerdotes e leigos a necessidade atual da presença ativa de cada cristão, sacerdote ou leigo, nos ambientes virtuais de comunicação, internet e redes sociais. Para isso, foi apresentado o documento do Dicastério para a Comunicação, do Vaticano, “Rumo à presença plena – Uma reflexão pastoral sobre a participação nas redes sociais”. Também foram apresentados dados atuais sobre o uso e impacto dos ambientes virtuais na formação humana. A conclusão foi com uma orientação sobre como as presenças salesianas podem atuar na internet, especialmente nas redes sociais.