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Fiéis da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora mantém viva Missa da “madrugada”

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De segunda a sexta-feira, na paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, em Campo Grande (MS), acontece a chamada Missa da Madrugada, que é celebrada às 5h45 da manhã. Repleta de fiéis assíduos, apesar da pandemia do Covid-19 e com as regras de biossegurança, continua animada pelos que começam as atividades rotineiras na presença do Senhor Jesus – aurora do coração dos cristãos católicos.

Mas, o que leva uma pequena multidão a participar da celebração da ceia de Jesus Cristo, antes do nascer do sol? Orlando Mashima, coordenador do grupo de ação social, denominado Vicentinos, afirma que o dia “flui melhor depois da Eucaristia porque o corpo de Jesus alimenta a alma e também nos dá forças para vencer as dificuldades da vida”. O senhor Mashima afirma ainda que, com a Covid-19, o número de famílias atendidas pelos Vicentinos aumentou, uma vez que muitos perderam o emprego e os participantes das missas têm sido os maiores colaboradores das ações de assistência às famílias carentes e/ou em situação de vulnerabilidade. Segundo Orlando, desde o agravamento da situação sanitária do município, há quatro meses, foram arrecadadas mais de três toneladas de alimentos que foram distribuídos aos necessitados, beneficiando inúmeras pessoas.

De acordo com o Catecismo da Igreja Católica (CIC), em seu artigo 3º, 1323 a Eucaristia é sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade. Por isso, deve se estender para além dos limites da área de culto a Deus. Nesse sentido, a prática caritativa de criar ações de apoio aos pobres e aos enfermos, entre os membros da igreja revela a face amorosa de Jesus Misericordioso – ou seja, o céu acontece no tempo, no agora, na partilha realizada não somente na comunhão, mas, também na vida e com os bens materiais.

Na missa da madrugada, também se tem doses de conhecimento da palavra divina pelas leituras dos livros sagrados e pela formação catequética dada pelo pároco P. Orozimbo de Paula Júnior e pelo vigário, Pe. João Victor Ortiz. A cada meditação da Bíblia, feita pelos sacerdotes, amplia-se o aprendizado na prática das virtudes humanas e cristãs, a fim de ser útil no serviço a Deus, com gestos de fraternidade, compaixão pelo próximo, palavras e ações concretas de doação ao outro, completa Maria dos Santos.

O testemunho de quem vive a missa diária, dissipa as dúvidas de quem acredita em Deus mas, deixa-o para depois, na esperança de uma vida eterna, sem entender que o céu começa hoje, aqui e agora, uma vez que, o amanhã é incerto e ainda demora.

A Eucaristia é a “fonte e o cume da vida cristã”, afirma o Catecismo da Igreja Católica (CIC 1324). É na mesa eucarística que acontece a comunhão no corpo e sangue de Jesus Cristo. Na ceia do altar do Senhor, os batizados formam unidade porque se alimentam da palavra e da carne do próprio Deus, na segunda pessoa da Santíssima Trindade como nos revela, o capítulo 6 Evangelho de São João.

A participação diária no banquete, no qual, o próprio Deus se dá como alimento, evidencia a dependência do ser humano para continuar a existir em união com o salvador. Essa intimidade com Cristo, pela Eucaristia, reaviva a alma impelindo-a à prática caridade, perpetuando o amor ágape, ensinado por Jesus, garante Maria dos Santos, que vai à missa diariamente.

Lucinéia Ramos – PASCOM – Paróquia N.S. Auxiliadora