Uma sala repleta de cores e mais de 4 mil exemplares de borboletas está aberta ao público durante todo o mês de outubro, em uma comemoração especial pelos 100 anos de nascimento do reverenciado sacerdote salesiano, P. João Falco. Esta exposição única é realizada no antigo endereço do Museu das Culturas Dom Bosco, situado na Rua Barão do Rio Branco, 1.811, em frente à Praça do Rádio, em Campo Grande.
A Sala das Borboletas, que já atraiu mais de 467 mil visitantes ao longo dos anos, incluindo a ilustre presença do Papa João Paulo II em 1991, permanece praticamente intacta no seu local original. O diretor do museu, Dirceu Mauricio van Lonkhuijzen, expressou sua alegria em reabrir este espaço icônico para que o público possa revisitar ou conhecer essa exposição fascinante. “Depois da construção da nova sede, no Parque das Nações Indígenas, não foi possível levar todo grandioso acervo para o prédio novo. A Sala das Borboletas permanece praticamente intacta no antigo local, do jeito que Pe. João Falco idealizou e manteve durante todo o período em que trabalhou na construção e consolidação do museu. É com muita alegria que reabrimos o espaço para que a população reveja ou conheça essa rica exposição”, contou o diretor.
O P. José Marinoni, Reitor da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), destacou a dedicação do P. Falco à construção do museu e à manutenção de seu vasto acervo, composto por mais de 80 mil peças. Esta reabertura é uma homenagem ao incansável trabalho do sacerdote salesiano e a sua contribuição significativa para a cultura do estado de Mato Grosso do Sul. “P. Falco dedicou sua vida ao Museu. Ele, juntamente com P. Féliz Zavattaro, P. César Albisetti, P. Ângelo Venturelli e tantos outros foram fundamentais para reunir o acervo, catalogar e manter as mais de 80 mil peças. Hoje, temos a oportunidade de homenageá-lo com a reabertura de um espaço tão rico para a cultura do nosso Estado e que já encantou tantas pessoas ao longo das décadas”, afirmou.
Padre João Falco nasceu nos Estados Unidos, viveu parte de sua vida na França e na Itália antes de se mudar para o Brasil em 1947, onde se ordenou padre em 1952. Durante o tempo que viveu no Brasil, ele conviveu com a tribo Bororo e começou a colecionar peças etnográficas às margens do Rio Uaupés. Ele era considerado um dos maiores especialistas em museologia do país e faleceu em 18 de dezembro de 1996.
Além dos exemplares de borboletas, a exposição também apresenta outras peças significativas para a história do Museu Regional Dom Bosco. A seção de animais taxidermizados, com 1.161 peças empalhadas, é especialmente lembrada por encantar crianças e adultos. Embora algumas dessas peças tenham sido transferidas para o novo museu, a maioria permanece guardada devido à falta de espaço. A exposição temporária oferece a oportunidade para o público relembrar essas peças especiais.
O Museu Regional Dom Bosco é um local com um valor afetivo profundo para gerações de estudantes de Campo Grande e do interior do estado, que frequentemente faziam excursões escolares para explorar seu acervo diversificado. “Convidamos a todos para que visitem a exposição temporária. Tudo foi feito com muito carinho para homenagear Pe. Falco, os 30 anos da UCDB e os 72 anos do Museu”, complementou Pe. Marinoni.
Serviço:
Exposição Temporária “100 ANOS – PE. JOÃO FALCO”
Data: De 2 a 31 de outubro de 2023
Local: Rua Barão do Rio Branco, 1811, Centro – Em frente à Praça do Rádio Clube
Horário: De segunda-feira a sexta-feira, das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30.
Sábado: Das 13h30 às 16h30.
Com informações: Assessoria UCDB