A noite de sábado para domingo é sempre de muita agitação para a juventude. Para um grupo de ex-alunos do Colégio Dom Bosco de Campo Grande, não foi muito diferente no último final de semana. Eles passaram das 20h do sábado até as 8h da manhã do domingo com uma série de atividades dentro dos espaços do colégio. Foi a segunda vigília dos ex-alunos da escola que, desta vez, reuniu 35 jovens que estudaram nos últimos 5 anos no Colégio Dom Bosco. São jovens que participaram dos grupos de pastoral no tempo em que eram alunos e ainda mantêm o vínculo afetivo e voluntário com as atividades pastorais.
Durante as 12 horas de vigília, os jovens ocuparam diversos ambientes da escola. A organização preparou um roteiro para passar o tempo todo em atividades, sem nenhum momento para descanso ou cochilo. “É o retiro deles. No ano passado a coordenação teve essa ideia de fazer o retiro e eles queriam que caracterizasse que era um grupo de ex-alunos. Eles queriam fazer algo que fosse diferente, fora do horário, fora do padrão, para mostrar que aquela autonomia de serem ex-alunos, de serem maiores de idade realmente contava”, revela o coordenador de pastoral do colégio, Brayan Rezende.
Entre as atividades realizadas houve a oração do terço em procissão, carregando o andor de Nossa Senhora Auxiliadora pelos corredores do colégio, adoração Eucarística, palestras, dinâmicas, brincadeiras e reflexão em grupos. Tudo acompanhado por três educadores da pastoral e supervisão do diretor, P. Marcelo Fujimura.
De acordo com o coordenador da pastoral, os ex-alunos formam, atualmente, um dos grupos mais ativos da pastoral. Eles participam dos oratórios, organizam os encontros articulando os ex-alunos para levar nos retiros, e sempre estão presentes nos retiros. “O que torna a pastoral orgânica são os ex-alunos participando porque eles conhecem as atividades e, mesmo que futuramente sejam outros educadores de pastoral, não perde a essência porque os ex-alunos estão sempre participando e eles sabem como levar as atividades da forma como eles viveram um dia”, revelou Brayan.
Para quem participou, a experiência foi marcante. Assim reconhece Octávio Molina, 17 anos, hoje acadêmico de economia na UFMS, que coordenou o grupo de acólitos do colégio quando fez o 3° ano do Ensino Médio. “Eu já tinha passado uma noite em claro mas nunca numa situação assim, numa vigília, e eu achei uma experiência muito boa, principalmente ali amanhecendo o dia, estar todo mundo junto praticamente 12 horas, rezando o terço em procissão e o dia amanhecendo, foi uma experiência muito boa”, afirmou.
Para Fernanda Nunes, que terminou o Ensino Médio no ano passado no Colégio Dom Bosco, foi uma forma de reviver as experiências do tempo de aluna. “Foi muito bom, uma experiência incrível em que pude rever meus amigos e ao mesmo tempo de conectar com Deus de uma forma mais profunda. Eu já havia passado noites em claro sim, mas nunca com um objetivo religioso e acabou sendo muito bom pra mim”, reconhece a jovem de 18 anos.