A Escola Indígena Estadual Koregedu Paru da aldeia Côrrego Grande na Terra Indígena Teresa Cristina, em Mato Grosso, está promovendo uma Semana Cultural Bororo. Dentro do contexto de uma Educação indígena específica, diferenciada, intercultural e inserida na comunidade, como lembrou o diretor Benedito Tuwagebou, toda comunidade colaborou para o bom êxito do evento.
O dia 11 de julho de 2017 foi o dia da abertura oficial. Um grupo de brae doge, não índios e missionários também foram convidados. Tudo foi filmado e documentado pelos próprios Bororo para ser divulgado na mídia. Um grande mural foi montado com artefatos originais bororo, fotos, trabalhos escolares. Crianças e jovens estavam todos vestidos a rigor com urucum e seus adornos clânicos. A farta comida só era legitimamente bororo com nenhum produto de supermercado: peixes, carne de caça, tubérculos nativos, beiju, palmitos e diferentes tipos de chichas.
A música original no alto falante era interrompida com diferentes falas na língua e no português alternando-se no microfone o ancião, José Américo Akaru Kurireu, o cacique Bruno Tawie, professores e quem quisesse fazer democraticamente uso da palavra. Antes do almoço todos foram para o Bororo, pátio da aldeia, para a dança do Jure, a dança alegre do sucuri. Puxada em círculos com canto e chocalho por um ancião era dançada por jovens, rapazes e moças algumas dela com o irmãozinho bem pequeno querendo aprender e alguns dos convidados. Outras atividades variadas foram feitas na tarde com muita alegria, organização e participação.
Mestre Mario Enauréu
CIMI-MT
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