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Educação para o amor: afetividade e sexualidade. Como acompanhar os jovens

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(ANS – Roma) – Um dos objetivos sugeridos na programação do Setor da Pastoral Juvenil, no campo do acompanhamento pessoal, é formar os educadores para o desenvolvimento e amadurecimento do mundo afetivo e emocional dos jovens. Para este fim, foi projetado um percurso de quatro etapas.

Em primeiro lugar, o tema foi abordado e debatido nas reuniões regionais dos Delegados Inspetoriais de Pastoral Juvenil. Suas contribuições e reflexões abertas, mediante um questionário preliminar, forneceram indicações para uma leitura mais aprofundada sobre a questão em cada Região salesiana e, ao mesmo tempo, apontaram para a necessidade de aprofundar o assunto. Também foram estudados os particulares desafios dos jovens que exigem maior preparação e formação nos educadores.

Numa segunda fase, o Setor para a Pastoral Juvenil elaborou três webinários para responder às necessidades das Inspetorias. Os temas visam: compartilhar as chaves pastorais e morais para a educação afetivo-sexual dos jovens; refletir sobre os critérios educativos com referência à atenção à diversidade sexual; e, por fim, interpretar a vulnerabilidade, característica essencial de todos os menores.

Na terceira fase, serão oferecidas, a todas as Inspetorias, algumas boas práticas, subsídios e projetos já existentes nas Comunidades educativo-pastorais salesianas, para que elas possam criar processos estruturados e baseados na antropologia cristã, sempre buscando a educação integral do indivíduo.

Por fim, como síntese, será oferecido um documento contendo orientações para salesianos e leigos, a fim de que saibam acompanhar os jovens na educação ao amor (‘Christus Vivit’ 81-261) e no cuidado com a família (‘Christus Vivit’ 259-267).

O próprio Senhor Jesus aparece nos Evangelhos em toda a sua plenitude afetiva: seus sentimentos revelam um grande coração, cheio de santo afeto nas suas relações com o Pai, com cada pessoa e com as multidões. Isto significa que a vida cristã dos jovens inclui também a dimensão afetiva, a qual, porém, por vezes não recebe a devida atenção. Quer-se, por isso, ensinar aos jovens a estabelecerem relacionamentos sinceros e duradouros; a partilhar seus pensamentos e sentimentos; a perdoar e a saber pedir perdão; a respeitar e valorizar os outros; a compreender o valor do corpo a serviço do dom de si.

A questão é, pois, em última instância, descobrir a arte de amar e ser amado, integrando afetividade e sexualidade num único projeto de vida.

P. Miguel Angel García Morcuende,

Conselheiro Geral para a Pastoral Juvenil