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Diácono “entre os jovens como quem serve”

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Vocação é Futuro

André Luiz Mattner Neuhaus tem 27 anos e fez sua primeira profissão religiosa como salesiano em 2011. Neste ano ele vai concluir os estudos de teologia em Jerusalém, onde será ordenado Diácono no próximo domingo, 16 de junho. André considera o momento muito importante para a renovação do “Sim” a Deus e aos jovens.

Desde que conheci os salesianos me senti muito atraído pela história de Dom Bosco e pelo vibrante carisma salesiano.  Essa rápida identificação com a proposta da Congregação, fez com que eu desse o meu primeiro e difícil passo de deixar a casa dos meus pais para entrar no aspirantado em 2007. Considero este episódio como o meu primeiro “sim” à vocação religiosa.  Depois dele, tive que dar muitos outros “sins”, alguns em momentos de prova e dificuldades, outros em momentos de festa como na primeira profissão religiosa (2011), em minha profissão perpétua (2018) e, muito em breve, na minha ordenação diaconal”, afirma André.

 

A vocação sacerdotal é uma das diversas opções dentro do carisma salesiano. A identificação do jovem salesiano com Dom Bosco foi traduzida pelas importantes presenças sacerdotais que estiveram ao lado dele em todo o processo de formação religiosa.

“Em minha caminhada vocacional, a primeira pessoa que tive como referência sacerdotal foi o meu pároco Pe. Marcos Tavoni, atualmente bispo de Bom Jesus da Gurguéia (PI). Ele sempre foi muito próximo a minha família e seu testemunho de serviço e dedicação à comunidade me marcou bastante. Quando me mudei com a minha família de Palmas (TO) para Campo Grande (MS), pude conhecer muitos salesianos que exerceram uma influência bastante positiva sobre mim. Não é possível citar os nomes de todos, contudo gostaria de mencionar três deles que nos últimos anos nos deixaram: Pe. Mario Panziera, Pe. Luiz Marconetti e Pe. Geraldo Grendene. Além deles, muitos outros salesianos com os quais convivi souberam sempre me encorajar e me orientar de forma muito franca e amigável. A todos eles eu sou bastante agradecido”, revela o jovem.

 

A Inspetoria Salesiana de Campo Grande – de Santo Afonso Maria de Ligório – é missionária desde o nascimento. Essa condição profética é uma concretização dos sonhos do Pai Fundador, São João Bosco. Assim, o próximo diácono da Missão Salesiana de Mato Grosso se sente muito perto da realidade sonhada por Dom Bosco.

“Os sonhos missionários de Dom Bosco me encantam muito, de alguma forma somos frutos desses sonhos que alimentaram a convicção do nosso fundador em querer ver o carisma salesiano crescer muito além das fronteiras europeias e em um período em que os recursos ainda eram bastante escassos. Em um desses sonhos, o sonho de 1885, Dom Bosco visita nossos países da América do Sul e afirma ter visto coisas magníficas: “Vi todos e cada um dos colégios! Vi como em um só ponto o passado, presente e o futuro das nossas missões”. Tenho certeza que Dom Bosco pode observar com satisfação o trabalho que hoje realizamos em prol da juventude em nossa região”, lembra o jovem salesiano.

A ordenação diaconal é o penúltimo degrau da escada na formação religiosa do sacerdote para que ele possa ser enviado ao trabalho de campo, mas André já consegue antever um vasto ramo de possibilidades de atuação em favor dos jovens, especialmente os mais pobres, como queria Dom Bosco.

“Uma das maiores riquezas da nossa inspetoria é a grande diversidade de obras que mantemos.  Durante a maior parte da minha vida como salesiano morei em casas de formação, porém conheço o belo trabalho que nossos salesianos fazem em instituições de ensino, centros sociais, paróquias e missões. No meu retorno à inspetoria, eu ficaria muito contente em servir em qualquer uma dessas áreas: “Eu estou entre vocês como quem serve” (Lc. 22.27), esse é o lema que, oportunamente, escolhemos para a ordenação diaconal”, lembra o religioso.

Dom Bosco dizia aos seus salesianos: “O Senhor colocou-nos no mundo para os outros”.  O jovem diácono se mostra disposto a não fugir dessa responsabilidade.

“A vida religiosa sempre esteve embasada na proposta de seguir Jesus Cristo da forma mais radical possível, ser fiel a essa radicalidade é algo exigente pois, somos naturalmente inclinados a nos acomodar ou então simplesmente nos contentar com aquilo que já alcançamos. Por isso, penso que o grande desafio da vida religiosa e ao mesmo tempo sua beleza está na disponibilidade a ação do Espírito Santo que sempre nos impulsiona a ir mais além”, finaliza.