Salesianos vindos de 13 países diferentes, das três Américas, mostraram neste sábado (10/09) que a devoção salesiana a Nossa Senhora transcende qualquer fronteira. Os Delegados inspetoriais de Comunicação e de Formação fizeram uma pequena pausa nos trabalhos iniciados na última quarta-feira (07/09) para uma visita ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.
Para muitos desses salesianos, esta é a primeira viagem ao Brasil. O Padre Carlos Castillo, delegado de Formação da inspetoria do México Sul, ficou impressionado com as dimensões e o cuidado do Santuário de Aparecida. “Este é um lugar que eu queria muito conhecer, também pelo significado que ele tem por causa do documento da 5ª conferência do CELAM que foi feito aqui. Toda a experiência da devoção dessa gente, do carinho das pessoas, do ambiente de fraternidade, paz e serenidade que se vive ali é também muito significativo”, declarou o sacerdote.
A visita ao Santuário Mariano foi a ocasião em que cada religioso pode consagrar as atividades desenvolvidas nas próprias inspetorias às mãos de Nossa Senhora. “Esta visita é uma atividade muito salesiana porque o Senhor deu a Dom Bosco uma mestra, e Dom Bosco a deixou para nós como mãe, por isso a nossa congregação deve se sentir sempre guiada por Maria. Creio que, como delegados, cada um de nós tem um compromisso, uma responsabilidade a cumprir que é fazer o que Maria fez e ensinou com o ‘fazei tudo o que Ele disser’. E, como delegados, temos muito o que refletir e aprender com a experiência que a fé destas pessoas nos motiva”, argumentou.
O salesiano do México lembra ainda que a presença materna de Nossa Senhora é necessária e suficiente para cumprir bem a missão. “A mensagem de Nossa Senhora em Guadalupe, que é semelhante a deixada em Aparecida: ‘Não estou eu aqui, que sou tua mãe?’ sempre toca o coração de qualquer um que venha procurá-la em um momento de dificuldade e traz serenidade e tranquilidade”, destacou Padre Carlos.
Outro salesiano que se mostrou impressionado com a visita ao Santuário de Aparecida foi o padre Peter Lee, delegado de comunicação da inspetoria da Califórnia (EUA). “Eu fiquei muito tocado ao ver tantas pessoas que demonstravam uma fé profunda, vindo de diversos lugares para demonstrar sua gratidão a Deus e para pedir sua misericórdia e ajuda para si mesmos, para família, amigos e para toda a sua comunidade e sociedade”, afirmou.
Padre Peter fez questão de destacar todo o ambiente criado durante o encontro de delegados, realizado nos últimos dias. “Eu acredito que uma das maiores riquezas que nós temos na Congregação Salesiana, no trabalho com os leigos, é essa capacidade de, em todas as partes do mundo, compartilharmos nossos pensamentos, preocupações, nossos sonhos e esperanças sobre o futuro dos jovens. Nós falamos muito sobre trabalhar juntos, e nós pudemos ver nesses últimos dias os delegados inspetoriais, leigos e salesianos, trabalhando juntos e compartilhando as orações e as atividades em clima de fraternidade, o que representa um grande sentimento de pertença à família salesiana”, analisou.
Ainda sobre a visita ao Santuário, padre Peter viu uma semelhança entre a história da padroeira do Brasil com a missão dos salesianos. “A história de Aparecida é muito salesiana porque nela, é Maria quem ajuda aqueles homens a pescar. Na nossa história, é também Maria quem ensina Dom Bosco ‘como pescar’, como trabalhar com os jovens. Ainda hoje, com os salesianos, é Maria quem nos ensina ‘a pescar’, e a maneira de tocar os corações dos jovens. Nós não conseguiríamos fazer nada se não fosse por Maria, ela é a nossa mestra e guia para entendermos ‘onde e como pescar’, afinal, na nossa família salesiana, foi ela quem tudo fez”, declarou.
O dia de visitas também teve uma parada no centro de São Paulo, onde os delegados inspetoriais de Comunicação da Interamérica puderam conhecer o MOSB – Museu da Obra Salesiana no Brasil, o Santuário do Sagrado Coração de Jesus e o Liceu Salesiano que formam o complexo histórico no Centro Inspetorial. Para a coordenadora de comunicação salesiana da Inter América, Zaida Navarrete, conhecer a memória histórica do trabalho salesiano é um sinal de amor e compromisso familiar com o trabalho deixado por Dom Bosco. “Ver como viviam e trabalhavam os primeiros salesianos que chegaram por aqui é uma forma de fortalecer a nossa identidade, tanto salesiana como eclesial, para vermos como é bela a nossa Igreja. Esta foi uma experiência privilegiada”, finalizou.
Euclides Fernandes
DRT/MS 55/02