Giovanna Venarusso Crosara, aluna do curso de Psicologia do UniSALESIANO em Lins – SP, viajou para Recife/PE para doar medula óssea a um paciente necessitado. A iniciativa teve início em 2016, quando ela morava em Bauru – SP e se cadastrou no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea – Redome. Desde então a jovem se mudou em outros endereços, porém sempre manteve seu cadastro atualizado.
Em outubro de 2020, a equipe do Redome entrou em contato com ela por terem encontrado um potencial paciente compatível. Assim começou uma bateria de exames para a confirmação, que ocorreu em dezembro do mesmo ano.
Em janeiro deste ano, Giovanna viajou 2.700 quilômetros, por conta do programa (Redome/ SUS), e depois de mais alguns exames, realizou a doação no dia 25 daquele mês. De acordo com a jovem, “o tempo todo, principalmente quando eu sentia algumas dores, eu pensava assim: a pessoa que vai receber a medula provavelmente deve ter passado por situações muito mais complicadas. Com certeza faria de novo [a doação]. A gente se coloca em riscos maiores em outros momentos da nossa vida, então porque não doar? É incômodo, mas isso pode salvar a vida de alguém”, declarou. As partes – doadora e receptor – só poderão se conhecer depois de um ano e meio da doação, em caso de interesse mútuo.
O mês de fevereiro é divulgado como “Fevereiro Laranja”, que visa a conscientização da população acerca da do diagnóstico precoce da leucemia e a doação de medula óssea.
Os interessados em se tornarem doadores devem procurar o hemocentro mais próximo para verificar os procedimentos de cadastro, que é nacional, e poderá ajudar um paciente de qualquer região do Brasil. Com uma amostra de sangue, o mesmo será analisado e seus dados farão parte do banco de doadores. Ao encontrarem um possível receptor, serão realizados novos testes para comprovar compatibilidade e com mais alguns exames, a doação finalmente poderá ser realizada.
Marcelo Uenaka