Início Rota Juvenil Salesiana Acadêmicos do UniSALESIANO fazem Voluntariado Missionário

Acadêmicos do UniSALESIANO fazem Voluntariado Missionário

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O grupo de 34 pessoas, sendo 26 universitários dos diversos cursos de Lins e Araçatuba, esteve entre os dias 7 e 13 de julho nas Missões Indígenas de Mato Grosso. O responsável pela equipe foi o padre Guillermo Morales Velasquez, auxiliado pelas professoras Juliana Mitidiero e Mirella Justi, além dos agentes de pastoral, Leosino de Sousa, Rafael dos Santos e Talita Cavicchio, e também a professora Liara de Oliveira e o pós-noviço Xavante, Jameo Tseretomowe, que auxiliou bastante nas conversas com os indígenas que não falam português.

Os universitários, no início da expedição, conheceram a aldeia de Meruri, terra de grande valor para os salesianos e todo o povo Bororo, por abrigar o túmulo do padre Rodolfo Lunkenbein e de Simão Bororo, servos de Deus. Ainda em Meruri o grupo pôde visitar a escola, os túmulos dos mártires e rezar pelo processo de beatificação de ambos, o museu da cultura Bororo e antes de seguir para a Aldeia São Marcos, tiveram a oportunidade de promover uma tarde de oratório festivo com várias atividades esportivas e recreativas e preparar um momento especial de doações de roupas e brinquedos que foram arrecadados pelos próprios jovens.

Em São Marcos, onde o trabalho efetivo seria desenvolvido, os acadêmicos conheceram a realidade e um pouco da cultura antes de desenvolver as atividades.

O cronograma de atividades aconteceu de acordo com os três principais eixos: meio ambiente, educação e saúde. Neste sentido a revitalização do pomar foi novidade este ano, pois os universitários desenvolveram um trabalho belíssimo de conscientização e exemplo de que manter esse ambiente vivo traduz a fortaleza desse povo. No segundo dia de trabalho da revitalização um grupo de Xavante trabalhou junto, somando forças aos alunos que se doavam. Na partilha dos jovens que trabalharam nesse projeto a palavra que se destacou foi “superação”.

Além da limpeza e revitalização do pomar, os acadêmicos realizaram plantio de árvores frutíferas nos quintais das casas de alguns indígenas, a fim de incentivar o cultivo para gerar frutos e alimentar as suas famílias.

Enquanto um grupo trabalhava com o pomar, outros jovens trabalhavam com as crianças a questão do lixo na aldeia, fizeram a limpeza de todo o espaço, em seguida separaram o que era reciclável e o que era descartável. Para no dia seguinte trabalharem com oficinas de brinquedos e utensílios para as próprias crianças, que ficaram encantadas com tantas opções e brincavam felizes no jardim da casa salesiana.

No período da tarde os jovens desenvolveram atividades lúdicas de pintura com tinta guache, desenhos e massinha de modelar para fazer uma grande exposição de seus trabalhos.

O grupo de universitários missionários passou ainda pela experiência de subir o Morro de São Marcos, e lá em cima participar da celebração eucarística, como disse o jovem Silvano, aluno do curso de biomedicina de Lins, no momento de partilha, ficou marcado, pois: “Percebemos nossa pequenez quando estamos aqui em cima. Vemos como somos pequenos e como Deus é tão grande”.

A jovem Ruthyelle Leal, que cursa psicologia em Lins destacou que participar deste projeto: “Foi uma experiência incrível que trouxe significado e sentido para minha vida. Muito mais que ensinar algo, aprendi grandes lições com os Povos Indígenas Xavante e Bororo e uma delas é que a felicidade está nas coisas simples da vida.  Agradeço a oportunidade de fazer parte deste projeto do UniSALESIANO e acredito que ações como estas contribuem para o conhecimento, a valorização e a preservação dos Povos Indígenas.”

Outro depoimento marcante foi da jovem Jéssica Marques, aluna de direito também de Lins, que disse: “Foi um momento único em minha vida. Em cada olhar direcionado a mim de um Xavante pude encontrar dores, alegrias e historias de um povo que sabe sua origem, mas infelizmente não sabe como será seu futuro. Futuro este incerto devido a conflitos culturais e uma evolução tecnológica se choca com uma cultura milenar indígena que tenta continuar intacta perante as modificações do mundo. Aprendi que cada povo merece seu respeito e principalmente devemos respeitar os seus Direitos e sempre independentemente de qualquer cultura ou povo que ela vive, devemos manter como principal objetivo priorizar a VIDA. Obrigado Família Salesiana”.