Os jovens são o centro da missão salesiana, sempre. Mas no segundo dia do XIV Encontro Nacional da Rede Salesiana de Escolas (XIV ENARSE), 7 de abril, a participação juvenil foi a de verdadeiros protagonistas, assumindo um papel essencial na condução dos debates.
O segundo dia do ENARSE teve início com a celebração eucarística, presidida pelo padre Gildásio Mendes, inspetor da Inspetoria Salesiana de Campo Grande. Em seguida, os participantes se dirigiram ao auditório para que Edevaldo Gaudêncio, coordenador de Tecnologia e Inovação da Editora Edebê Brasil e coordenador de Tecnologia da Rede Salesiana de Escolas, apresentasse o tema “Tecnologia e Inovação”.
Edevaldo apresentou as soluções desenvolvidas pela Edebê a partir dos compromissos assumidos em abril de 2015, no XIII ENARSE, e se aprofundou na socialização dos recursos relacionados ao acompanhamento pedagógico dos alunos, especialmente os relatórios de acompanhamento, que podem ser gerados por aluno, turma, segmento/ano, possibilitando diferentes configurações e definições de parâmetros com vistas a subsidiar o trabalho das equipes gestora e docente.
Na sequência, a Profa. Jussara Seidel conduziu um momento com a participação dos jovens, para conhecer suas expectativas em relação às escolas salesianas. Foram convidados seis jovens de unidades da RSE no Distrito Federal: Colégio Dom Bosco de Brasília (Moisés Sávio e Vitória Debastiani), Centro Educacional Maria Auxiliadora (Betânia Silva Cunha e Luiz Felipe Bispo) e Colégio Domingos Sávio (Emanuel e Natasha). Moisés e Vitória apresentaram também um poema sobre a escola salesiana, que criaram durante o evento (confira aqui).
Destacamos alguns trechos das falas dos jovens:
Betânia: “Na escola salesiana, a gente percebe na feição das pessoas que elas estão sempre alegres. Espero que a Rede Salesiana tenha sempre esse diferencial, e que além de nos preparar para passar no vestibular, mantenha este clima de carinho e cuidado. Você conhece todos e todos te conhecem e te chamam pelo nome. Hoje, muitas escolas viraram empresas e os alunos são apenas mais um”.
Luiz Felipe: “Dá para ver que o colégio da Rede Salesiana percebe cada aluno como cidadão acolhedor, e não como um número. Tive que começar a trabalhar e o colégio me apoiou, pois o colégio se preocupa em trazer o aluno para perto dele”.
Moisés: “Eu estudo na Rede Salesiana desde a barriga, pois sou filho de uma educadora da Rede” (filho da educadora Dircinha).
Vitória: “Tudo o que estamos plantando hoje é para nossos filhos. Queremos ser pessoas e não um número. Eu quero que meus filhos estudem na Rede Salesiana”.
Natasha: “Quando a gente entra no colégio salesiano, a gente percebe que passa a fazer parte da família salesiana. Os professores são amigos, se a gente está mal, eles percebem, conversam, dão conselhos, como se a gente fosse o tesouro da escola”.
Emanuel Felipe: “Quando entrei na escola, eu não entendia o espírito salesiano. Achava muito maluco chamar os alunos de educandos e os professores de educadores. Mas quando a gente incorpora o espírito salesiano, a gente entende o que é ser salesiano, dentro e fora do colégio. O colégio permite que o aluno expresse sua opinião. É importante que a escola dê um caminho reto para o aluno. Vejo a escola como uma mãe, que acolhe, abraça, orienta, mas também cobra, chama atenção, dá liberdade com limite, para que a gente tenha um norte”.
Após os relatos, a professora Jussara conduziu uma dinâmica em grupo, para que os participantes conversassem sobre os desafios identificados nas falas dos jovens, os pedidos/necessidades e o que a escola salesiana pode fazer para atender. Todos participaram ativamente e alguns grupos foram convidados a socializar seus registros. De modo geral, o os diretores das escolas salesianas se mostraram emocionados com a participação dos jovens, que sempre inspira e renova as esperanças nas escolas salesianas.
A palestra seguinte foi feita pelo prof. Dr. João Horta, doutor em Política Social e Mestre em Educação pela Universidade de Brasília, e pesquisador do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, INEP. João Horta trouxe o olhar para os desafios na perspectiva dos indicadores de qualidade e do ENEM.
Equipe de Comunicação RSE