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Reitor-Mor pede aos Inspetores da Europa que acolham os refugiados

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“Dirijo-me a vocês, Inspetores, para pedir, em caráter de urgência que avaliem, com seus conselhos, o que cada inspetoria pode fazer e o que pode solicitar a cada comunidade e paróquia, no sentido de disponibilizarem-se para acolher, em nossas obras, famílias de migrantes; em particular, aos menores não acompanhados e jovens. Hospedemos, nem que seja uma só família, quatro ou cinco pessoas; com um pouco de cada, faremos muito, em cooperação com igrejas locais e do território”.

Segue a carta, enviada aos inspetores da Europa, pelo Reitor-Mor, padre Ángel Fernández Artime, sobre a emergência dos refugiados.

DIREÇÃO GERAL OBRAS DOM BOSCO

Via della Pisana 1111 para 00163 Roma

                          O Reitor-Mor

Prot. 15/0385

À atenção dos inspetores

Inspetorias da EUROPA

Meus caros Inspetores,

Recebam minha saudação cordial e afetuosa da Argentina, onde durante três dias, tivemos uma maravilhosa celebração do bicentenário do nascimento de Dom Bosco, com mais de sete mil jovens.

Domingo à tarde, meu Vigário, Pe. Francesco Cereda, informou-me sobre o que o Papa Francisco disse no Angelus, referindo-se aos imigrados na Europa e ao sei apelo à fraternidade, solidariedade e acolhimento. Dialogamos sobre o assunto e eu creio que este seja um momento oportuno para oferecer, de nossa parte, o que é possível.

Certamente estamos vivendo, já há algum tempo, e nestes dias de uma forma mais dramática, a tragédia dos refugiados e imigrados que, em milhares fogem de seus países pela guerra, destruição, fome, perseguições e desembarcam na Europa, correndo o grave perigo pelas travessias marítimas e pela chantagem dos contrabandistas.

Eles chegam com a esperança de poder encontrar paz e serenidade, de começar uma nova vida, de encontrar moradia e emprego; e muitas vezes não encontram condições de acolhimento, apenas rejeição. Diante de tanta tragédia, não podemos permanecer indiferentes a tantas necessidades.

O Papa Francisco, no Ângelus, lançou um forte apelo, dirigindo-se à Europa:

“Diante da tragédia de dezenas de milhares de refugiados que fogem da morte por causa da guerra e da fome, e encontram-se a caminho rumo a uma esperança de vida, o Evangelho nos chama, nos pede para sermos “próximos”, dos mais pequenos e abandonados. A dar-lhes esperança concreta. Não basta apenas dizer: Coragem, paciência!…”. A esperança cristã é combativa, com a tenacidade de quem vai para um lugar seguro. Portanto, nas imediações do Jubileu da Misericórdia, faço um apelo às paróquias, comunidades religiosas, os mosteiros e santuários em toda a Europa para expressar a realidade do Evangelho e acomodar uma família de refugiados. Um gesto concreto para a preparação para o Ano Santo da Misericórdia. Cada paróquia, cada comunidade religiosa, cada mosteiro, cada santuário da Europa, hospede uma família, começando pela minha diocese de Roma. Dirijo-me a meus irmãos bispos da Europa, verdadeiros pastores, para que em suas Dioceses apóiem este meu apelo, recordando que a Misericórdia é o segundo nome do amor: “Tudo o que fizestes a um só destes meus irmãos pequenos, o fizestes a mim.” (Mt 25:40)

“Eu também me dirijo a vocês, Inspetores, para solicitar, em caráter de urgência que avaliem, com seus conselhos, o que cada inspetoria pode fazer e o que pode demandar a cada comunidade e paróquia, para que se disponibilizem a acolher, em nossas obras, famílias de migrantes; em particular, aos menores não acompanhados e jovens. Hospedemos, nem que seja uma só família, quatro ou cinco pessoas; com um pouco de cada, faremos muito, mesmo em cooperação com igrejas locais e do território”.

Dom Bosco, cujo bicentenário do nascimento concluímos recentemente, nos ensina a concretude das respostas. Isso também nos recordou o Papa Francisco em sua visita em Valdocco, no dia 21 de junho: “Obrigado por sua concretude das coisas … O salesiano é concreto, vê o problema, pensa e o toma em suas mãos.”

Em nome da caridade e da fraternidade evangélica, como uma resposta ao chamado de Deus e ao clamor do Papa Francisco, agradeço pela generosidade com que mobilizarão todos os recursos possíveis em favor daqueles que, com urgência, nos dirigem um apelo premente. Agradeço-lhe também se me informarem o que foi estabelecido em cada Inspetoria, quando chegarem a conclusões concretas e tempestivas.

Um abraço fraterno com afeto

P. Ángel Fernández A.,SDB