Cerca de 90 jovens, com idades entre 18 e 25 anos, trocaram o descanso que poderiam ter na semana que, em Mato Grosso do Sul, tem 3 dias de feriado escolar, para se entregarem em uma atividade de grande intensidade física e espiritual. Eles participaram do primeiro retiro de acampamento juvenil da Paróquia São João Bosco, em Campo Grande (MS), que começou na manhã do domingo (09/10) e terminou na noite de quarta-feira (12/10).
O local do encontro – uma área verde próxima à Universidade Católica Dom Bosco – foi especialmente preparado para as atividades do retiro. O encontro mistura palestras que seguem os passos do ‘Kerigma’ (Primeiro Anúncio) e desafios práticos que corroboram a proposta de conversão e mudança de vida, de acordo com os ensinamentos de Jesus Cristo.
O ‘Acampamento Juvenil’ é um trabalho que teve origem no movimento “Evangelização 2000” originariamente nascido no México, na década de 80, pelas mãos de José H. Prado Flores e do P. Tom Forrest (posteriormente dirigido por outros leigos e sacerdotes católicos), e era uma iniciativa que visava entregar um mundo mais evangelizado no Novo Milênio.
Dentre as várias ações e cursos que o movimento propunha, nasceu o Acampamento Juvenil, que tinha como objetivo levar os jovens a um processo de imersão no Evangelho, em um sítio onde se anunciava o Kerigma, servindo-se de um conjunto de experiências vivenciais, desafios e outras dinâmicas, estimulando-os à reflexão e à partilha de suas vidas.
Entre os objetivos do acampamento está o de oferecer aos jovens a oportunidade de terem uma experiência pessoal e profunda com Jesus Cristo e, assim, crescerem no seu relacionamento com Deus, consigo mesmos, com o outro e com a natureza.
Esses objetivos pareceram ter sido alcançados, conforme demonstravam as feições dos jovens no encerramento do encontro, na matriz da Paróquia São João Bosco.
Para organizar as atividades do acampamento, uma equipe de mais de 150 pessoas atuou intensamente no local do encontro e também externamente, sob a coordenação do pároco, P. Aldir da Silva. Entre as diversas atividades exercidas como orientação, intercessão, organização, cozinha, assistência e palestrantes, vale destacar a presença de 4 médicos, 2 enfermeiros, 2 fisioterapeutas e 2 bombeiros militares que passaram os 4 dias junto aos jovens atuando na prevenção e atendimento dos campistas em qualquer situação que fosse necessária.
O resultado não poderia ser diferente. A maioria absoluta dos novos ‘campistas’ reconheceu a dedicação e zelo de todos os voluntários. “No dia do acampamento, quando eu estava indo para a paróquia, estava com um pé bem atrás, já que nunca tinha feito um retiro tão longo e ele caiu justamente no dia do meu aniversário (12). Mas, mesmo assim, me entreguei e abri o coração para tudo que seria vivido, afinal, eu já estava ali mesmo. E então, com o tempo, percebi que esse acampamento foi o melhor presente que eu poderia ter ganhado. Ali eu construí uma nova família e passei a valorizar muitas coisas na minha vida que só notei quando fiquei sem elas, como o conforto que tenho em casa. Mas, o mais impressionante pra mim, foi ver como as pessoas podem ser os maiores instrumentos de Deus. Toda aquela equipe de trabalho tinha um brilho no olhar contagiante e que dava vontade de ficar lá pra sempre. Eles são a manifestação do que é o amor de Deus, e se não fosse por eles muitos jovens não teriam vivido essa experiência da melhor forma, inclusive eu. No fim, só me resta agradecer por essa graça que foi o acampamento em minha vida e perseverar no movimento, para que nos próximos eu esteja servindo”, testemunhou João Flávio Greghi, de 18 anos.