Início Comunicação Social Uma restauração aprimorada apresenta Dom Bosco com “uma nova roupagem”

Uma restauração aprimorada apresenta Dom Bosco com “uma nova roupagem”

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(ANS – Orta San Giulio) – Por ocasião da inauguração do Museu “Casa Dom Bosco”, em Torino-Valdocco, o Laboratório de Restauração de Têxteis Antigos, da abadia “Mater Ecclesiae” – das Monjas beneditinas da Ilha de San Giulio, município de Orta San Giulio, Província de Novara, Piemonte – restaurou algumas peças de roupa e acessórios que pertenceram a Dom Bosco. “A feliz coincidência da festa de Dom Bosco com a de San Giulio (ambas celebradas no dia 31 de janeiro, ndr) e a comunhão com a realidade salesiana da nossa Diocese, nos tornam querida a figura do santo sacerdote João Bosco”, explicam as freiras.

Dom Bosco fez tanto pelos seus jovens e pensou tão pouco em si que, em pelo menos duas ocasiões, foi surpreendido por fortes aguaceiros. Completamente encharcado e sem roupas sobressalentes, ele precisou vestir roupas que eram um pouco extravagantes ou muito curtas para ele. Porém, não devemos interpretar mal: apesar de viver em grande pobreza, Dom Bosco não deixou de usar dignamente as vestes sacerdotais da época. Na verdade, ele próprio fazia suas roupas e as dos seus jovens, passando várias noites costurando e fazendo sapatos.

Algumas das roupas que ele usava foram atualmente restauradas pelas freiras beneditinas da Ilha San Giulio (de fato, seu mosteiro fica em pequena e pitoresca ilha dentro do Lago Orta). As roupas são:

– uma batina, com 32 botões na frente e três em cada manga. Sem a típica abertura na gola, ela contém as iniciais do nome do santo bordadas na parte interna.

– um casaco quente de lã, muito útil nos invernos piemonteses, acompanhado pela ‘peregrineta’, um manto para cobrir os ombros. Na parte interna do casaco um bordado traz escritas as palavras “D. Bosco”.

– o tricórnio, típico dos sacerdotes e clérigos, da época. Forrado internamente, também traz bordadas as iniciais do nome de Dom Bosco.

– o saturno, chapéu usado pelos padres para longas viagens. Foram restaurados dois deles, ambos em lã: um com abas abertas e o outro com abas laterais dobradas. Estes itens também trazem referências de que pertenceram a Dom Bosco.

– o cachecol em tricô, provavelmente feito por Mamãe Margarida, e as luvas de lã. Os numerosas remendos atestam o grande uso que o santo fez desses itens, bem como sua sobriedade.

Todas essas vestimentas, autênticas relíquias, foram cuidadas com grande atenção pelas religiosas, que, em primeiro lugar, desinfestaram as vestimentas das traças, usando equipamentos sofisticados; e, em seguida, examinaram cada centímetro das peças com microscópio para se certificarem de que as traças haviam sido completamente eliminadas. Por fim, passaram à fase de higienização e reconstrução dos tecidos, realizada com agulhas. Foram consertados os buracos feitos pelas traças e foram renovadas as extremidades e barras das roupas, que estavam danificadas.

No site do mosteiro da Ilha San Giulio há um vídeo apresentando as vestes do santo e o trabalho feito.

Fonte: ANS