(ANS – Roma) – O P. Alfred Maravilla, Conselheiro Geral para as Missões, publicou uma mensagem missionária para o mês de janeiro de 2021. O foco de sua reflexão é a necessidade de sair da zona de conforto, mesmo que isso seja muito desafiador para cada um de nós.
Segue abaixo a mensagem.
Muitas vezes ouvimos as pessoas dizerem “saia da sua zona de conforto”. Mas o que significa isso? Significa aquela área da nossa vida onde não sentimos estresse e ansiedade, porque há familiaridade e temos total controle do nosso ambiente. Qualquer coisa fora da nossa ‘zona de conforto’ nos é sempre muito difícil. Mas também existe aquela voz na nossa cabeça que nos lembra mil razões pelas quais nossa nova ideia ou nossa nova maneira de agir poderia: ou falhar, ou ser perigosa, ou não dever ser considerada, dever ser evitada…
Desta maneira, estaremos sempre presos em nossa zona de conforto, nunca avançaremos. Nunca cresceremos. Não nos permitimos descobrir o de quanto somos capazes. Por isso continuamos a fazer as mesmas coisas de sempre, sem perceber que, na verdade, nos tornamos cegos e estéreis.
Precisamos nos desafiar a sair da ‘nossa zona de conforto’, dando pequenos passos, como aprender a entender e valorizar a maneira como os outros veem as coisas, que é diferente do meu ponto de vista. Aprender a comer alimentos de outra cultura ou aprender uma nova língua estrangeira é outro pequeno passo. Também o é morar em outra cultura, em outro país. Na verdade, é apenas dando diversos pequenos passos que seremos capazes de sair do nosso conforto e seguir em frente.
Um navio é feito para navegar em alto mar, não para ficar seguro, atracado, no porto. Nós também fomos projetados para ir mais ao fundo, para ultrapassar os limites daquilo que podemos alcançar, desbloqueando o nosso potencial como ‘discípulos missionários’. Assim, o Papa Francisco insistiu que “seguir Jesus não é um educado protocolo a respeitar, mas um êxodo que viver”. De fato, se quisermos encontrar Jesus, “é preciso perder o medo de entrar em campo, a satisfação do caminho andado, a preguiça de não pedir mais nada à vida. Simplesmente para encontrar um Menino, é preciso arriscar” (Homilia, 6 de janeiro de 2018).
Fonte: AustraLasia