(ANS – Turim) – Depois de uma semana de trabalho – numa como preparação e mesmo uma degustação de quanto é a vida e a experiência de uma assembleia capitular que abarca com seu olhar as 132 nações representadas pelos 242 salesianos presentes – , decorreu na manhã de 22 de fevereiro, em Turim-Valdocco, a Abertura oficial do Capítulo Geral 28.
O dia começou na Concelebração Eucarística, na Basílica de Maria Auxiliadora, presidida pelo Cardeal João Braz de Aviz, Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.
Às 10h30, a Assembleia capitular, reunida no Teatro Grande de Valdocco, abriu os trabalhos com a oração e o cântico do ‘Veni, Creator Spiritus’ e a oração a Dom Bosco, proclamada em vários idiomas.
O P. Stefano Vanoli, Regulador do CG28, coordenou os trabalhos da Assembleia.
Além dos capitulares, estavam presentes muitos Convidados salesianos, entre os quais os cardeais Oscar Andrés Rodriguez Maradiaga, Tarcisio Bertone, Ricardo Ezzati e alguns Bispos.
Após assistir à missa, Chiara Appendino, Prefeita de Turim, enviou uma mensagem de saudação, que foi apresentada à Assembleia.
Também enviou mensagem o Sr. Arcebispo de Turim, Dom Cesare Nosiglia, que estará presente no dia 29 de fevereiro.
Discursaram, representando os Grupos da FS, Madre Yvonne Reungoat, Superiora Geral do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, e Renato Valera, Presidente da Associação de Maria Auxiliadora – Primária.
Em seguida, o Cardeal João Braz de Aviz falou mais uma vez e, após a saudação, descreveu o contexto eclesial em que atua um Capítulo Geral.
O P. Ángel Fernández Artime, Reitor-Mor, fez o discurso de abertura.
O P. Stefano Vanoli, Regulador, declarou formal e oficialmente abertos os trabalhos do Capítulo Geral 28.
A manhã terminou com o canto «Sub tuum praesidium», para invocar a Proteção de Maria SS. Auxiliadora.
O Reitor-Mor abriu a cerimônia oficial de abertura do CG28 com alguns agradecimentos pela presença de tantos Convidados, Salesianos e Representantes dos Grupos da Família Salesiana em seu discurso.
Também para o P. Ángel, a prioridade é o olhar profético e esperançoso de um compromisso relevante: “orientar e animar responsavelmente o carisma da Igreja, para a Igreja e para o Mundo, despertado pelo Espírito”.
E é com essa atenção e tarefa que, como Salesianos, devemos renovar “a responsabilidade de orientar a comunhão e a unidade da vida na Congregação”, com um único interesse: cuidar dos interesses de Deus.
Como afirmou o P. Luís Ricceri no Capítulo Geral 20, “a nossa não é uma assembleia de acionistas de indústria, não é uma assembleia política com facções com interesses econômicos, de prestígio e ambição conflitantes. Somos aqui Igreja, ou melhor, assembleia de homens consagrados, reunidos em nome do Senhor, completamente fiéis a um ideal sobrenatural”.
Ao abordar o tema e objetivos específicos do CG28, o Reitor-Mor concentrou a atenção em alguns objetivos.
Antes de tudo, lembrar-se que é preciso “dar prioridade absoluta à missão salesiana com os jovens de hoje e, dentre eles, dar prioridade aos mais necessitados, mais pobres e mais abandonados”.
Quem é o Salesiano que hoje vai ao encontro dos jovens? Qual o seu perfil? Aquele que tem Dom Bosco como modelo.
“Com Dom Bosco como modelo, dizer salesiano, hoje, deveria ser o mesmo que dizer
– homem consagrado de profunda fé
– paixão apostólica pelos jovens
– filho de Deus que sabe que é, e sente-se, pai dos jovens
– identidade carismática de todos os que enriquecem a Igreja com o carisma de Dom Bosco e criam comunhão eclesial
– apóstolo dos jovens sempre fiel, sempre flexível e criativo
– sempre educador, sempre amigo dos jovens “.
Hoje, mais do que em outros tempos, o salesiano convive com os leigos na missão e na formação. E neste âmbito é preciso ir mais longe. O P. Ángel espera que o Capítulo Geral leve “em consideração alguns destes pontos sobre os quais devemos conduzir nosso discernimento”, para superar eventuais resistências na missão compartilhada com os leigos, para crescer em reciprocidade nas relações entre salesianos e leigos, com uma formação conjunta.
O Capítulo Geral 28 representa neste momento um grande apelo, como já se indicou na carta de convocação: “Seremos chamados a discernir com realismo, coragem e determinação, a orientação do caminho a seguir no século XXI, num momento eclesial muito especial de renovação e purificação”.
É preciso continuar o trabalho iniciado por Dom Bosco, como ele próprio disse ao P. Júlio Barbéris em 1875: “Vocês completarão a obra, que eu começo; eu desenho e vocês colocam as tintas […] Eu farei um esboço da Congregação e deixarei para os que vierem depois de mim fazer a versão final». O P. Angel conclui:
“Penso que com o CG28 que começamos hoje, tocaremos outras partes do esboço que Dom Bosco nos deixou, uma vez que o Espírito Santo continua a nos iluminar ainda hoje para sermos fiéis ao Senhor Jesus e ao carisma das origens, com os rostos, a música e as cores de hoje”.
Às 12h30, o Regulador, em nome do Reitor-Mor, abriu formal e oficialmente o Capítulo Geral 28, sob a proteção de Maria com oração e canto do «Sub tuum praesidium».