(ANS – Roma) – Comemora-se hoje, 6 de abril de 2020, o 25º Aniversário da Venerabilidade do P. Rodolfo Komorek SDB, ocorrida em 6 de abril de 1995, por obra do Papa São João Paulo II, que reconheceu a heroicidade da sua vida de consagrado a Deus no espírito salesiano.
O Ven. P. Rodolfo Komórek nasceu no dia 11 de agosto de 1890 em Bielsko (Polônia). Foi sacerdote na Diocese de Breslavia. Durante a guerra de 1914-18 foi Capelão militar em hospital e na frente de guerra. Feito prisioneiro em Trento pelos italianos, pôde amadurecer sua vocação à vida religiosa na Congregação Salesiana, para a qual entrou fazendo o noviciado em 1922. Queria ser missionário. Em outubro de 1924 foi destinado ao Brasil, mas não para entre os indígenas aonde desejava ir, mas para a Cura pastoral a poloneses emigrados. Distinguiu-se como evangelizador e excepcional confessor. Chamavam-no “O padre Santo” e dele se dizia: “Nunca se viu uma pessoa rezar tanto”.
Passou por várias paróquias e comunidades salesianas. São José dos Campos, no Estado de São Paulo, foi a última etapa dos seus 25 anos de missão sem volta à Pátria. Foi feliz de dar a Deus, com generosidade, até o último dos respiros dos seus pulmões deteriorados. Passou os últimos dias em contínua oração. Morreu aos 59 anos.
A conhecida característica do P. Rodolfo Komórek é a radicalidade com que ele quis tender à perfeição evangélica. Foi realmente radical na mortificação de si, na sua doação em favor dos outros, no fervor intensíssimo e ininterrupto da sua oração. Desejoso de viver, na sua total inteireza, a mensagem evangélica, jamais admitiu em si meias medidas, acomodações, reservas, transigências. Ao contrário, quando os momentos por viver se faziam mais críticos, ele não aliviava o compromisso evangélico do seu empenho: recorria a sacrifícios ainda mais severos.
Verdadeiro discípulo do Cristo Crucifixo e Ressuscitado, o P. Komórek nunca voltou atrás, nunca se apavorou: antes, como verdadeiro filho espiritual de Dom Bosco, percorreu com fidelidade o ‘caramanchão de rosas’ da sua vocação e missão salesianas.
É uma daquelas figuras candidatas aos Altares que desde o primeiro dealbar da existência se abriu à graça e lhe correspondeu com intenso empenho até ao seu anoitecer, sem quaisquer resistências e com grande docilidade ao Espírito do Senhor.