Cleide Arruda
Colégio Salesiano Dom Bosco – Campo Grande (MS)
Ao reler o artigo “A estrela de Belém”, escrito por Frei Betto, podemos reviver a passagem bíblica do nascimento de Jesus, nos atentando à história da estrela que surgiu no céu representando o nascimento de Jesus. Ele nos faz refletir sobre os símbolos do Natal e de “três fatores que são: caráter religioso da festa; a fissura papainoélica do consumismo; proximidade da virada do ano.” Nos leva a repensar sobre o excesso de compras no final do ano, o egoísmo vivido, os pensamentos muitas vezes direcionados aos planos para o futuro em vez das obras no presente. Mas, cuidadosamente, encerra com um recado: “Em vez de dar presentes, fazer-se presente lá onde reina a ausência: de afeto, saúde, liberdade, direitos. Dobrar os joelhos junto à manjedoura que abriga tantos excluídos, imagens vivas do menino de Belém”. É o verdadeiro sentido religioso desta festa cristã e a mensagem interiorizada e experienciada entre os bons cristãos e honestos cidadãos.
Quando se aproxima o Natal, as pessoas ficam mais sensibilizadas e atentas às necessidades do próximo, dos menos favorecidos, buscando, muitas vezes, ações de solidariedade e partilha. Percebemos, verificamos, “curtimos e compartilhamos” e, porque não dizer, vivenciamos nas redes sociais, em nossa vizinhança, nas comunidades e igrejas, nas escolas, enfim, onde há pessoas de bem, que muitas ações são organizadas e efetivadas, com sucesso, em prol dos mais carentes e necessitados, próximos ou distantes, conhecidos ou não. Sem dúvida, este é o verdadeiro espírito do Natal que nos move e que, com certeza, produz frutos de solidariedade e partilha entre irmãos.
A passagem bíblica “Tu ouvirás o grito dos oprimidos e necessitados e julgarás a favor deles.” (Sl 10, 18) é experienciada, muitas vezes de forma inconsciente, pelas pessoas de boa vontade. Mobilizações coletivas e, até individuais e anônimas, fazem a diferença no presente e, porque não, no futuro de muitas outras. Algo feito de coração, em cooperação, sempre terá uma melhor solução… Ajudando-se mutuamente, problemas se resolverão mais facilmente… Isso, sim, dará sentido ao Natal! Nos proporciona praticar o bem sem olhar a quem e nos ajuda a reconhecer que podemos mudar o mundo, com tão pouco.
Que neste Natal, as pessoas se inspirem em tantas boas ações realizadas e sintam a alegria de iniciar ou de participar de tantas outras que se efetivarão por todo o ano; que em cada gesto haja mais esperança; em cada encontro, mais amor, amizade, bondade, compreensão, ternura, carinho e, sobretudo, mais perdão e menos rancor; em cada sorriso, mais sonhos realizados… De quem dá e de quem recebe!
Transformemos esta oportunidade de pensar em solidariedade, em tempos de viver e praticar a solidariedade! Lembremos: tais mudanças devem, com certeza, iniciar primeiramente dentro de cada um de nós! Sejamos a paz! Transbordemos amor! Espalhemos a fé em Deus e em dias melhores! Pratiquemos o bem! Sejamos e façamos a felicidade!
Cleide Arruda
Supervisora Pedagógica do E.F. Anos Iniciais
Colégio Salesiano Dom Bosco – Campo Grande / MS
