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Pastoral indigenista conhece a realidade das aldeias dos povos originários da Diocese de Primavera do Leste e região

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Diácono José Alves visita aldeias. (Foto: MSMT)

O diácono José Alves, membro da equipe da Pastoral Indigenista da Diocese de Primavera do Leste/Paranatinga, realizou visitas importantes às aldeias indígenas da região, acompanhado pelas irmãs Lauritas, Rosa Milagro Gutierrez e Martha Genoveva Jara, além de sacerdotes locais. A missão ocorreu entre os dias 7 e 10 de agosto, abrangendo as aldeias Boe Bororo em Jarudore, as aldeias da Terra Indígena (TI) Sangradouro e Volta Grande e as aldeias da TI Baikari.

Irmãs Lauritas acompanhando a missão. Foto: MSMT

Na quarta-feira (07/08), a equipe foi recebida pelo P. Robson de Paula Santos, pároco da Paróquia Nossa Senhora da Glória, na aldeia Boe Bororo em Jarudore. Lá, os missionários puderam conhecer a realidade da comunidade local, marcada por desafios, como conflitos agrários, devido a ocupação da Terra Indígena por famílias não indígenas. A paróquia trabalha em um contexto de tensão entre as partes, levando em consideração que todos são filhos e filhas de Deus.

De acordo com o salesiano diácono José Alves de Oliveira, “essa situação gera insegurança para ambos os lados, e a igreja está no meio, vivenciando essa realidade e buscando maneiras de promover o diálogo e a paz”.

Na sequência, já na sexta-feira (09/08) a equipe visitou as aldeias da TI Sangradouro e Volta Grande, acompanhada pelo coordenador de pastoral da comunidade salesiana São José, P. Joseph Tran Van Lich. Em duas das quatro aldeias visitadas, as comunidades enfrentam sérias dificuldades de acesso à água potável, um problema que afeta diretamente a qualidade de vida dos moradores. “A falta de água é um desafio constante, e nossa missão também é acompanhar essas comunidades em busca de soluções sustentáveis”, destacou o D. José Alves.

A missão seguiu no sábado (10/08), com a visita às aldeias da TI Baikari. Na aldeia Central, a equipe participou do batizado de cinco crianças, um momento de grande significado para a comunidade e para a missão pastoral. O diácono José Alves comentou que é muito importante conhecer as realidades vividas pelos povos indígenas da região, afirmando que “essa experiência foi muito positiva e nos permitiu conviver com a cultura, a língua e os desafios específicos de cada povo”.

A motivação dessa visita, conforme explicou o diácono foi “conhecer a realidade em que vivem os indígenas, dialogar com as paróquias locais e buscar formas de colaborar na criação de uma pastoral paroquial que atenda às necessidades dessas comunidades”.

Além disso, a equipe visitou o internato masculino e feminino do grupo Operação Mato Grosso em Jarudore e Naboreiro, fortalecendo as relações com as instituições que atuam na região.