A publicação tem 178 páginas ricamente ilustradas com gravuras, fotos, documentos e gráficos que trazem detalhes da história de vida do povo Boe-bororo. “É um texto para a rapaziada bororo e demais interessados na história deste povo”, afirma o autor, Salesiano Irmão Mário Bordignon.
De acordo com o catálogo dos Povos Indígenas do Brasil, os Bororo se autodenominam Boe. O termo “Bororo” significa “pátio da aldeia” e atualmente é a denominação oficial. Ao longo da história, outros nomes foram usados para identificar esse povo, tais como: Coxiponé, Araripoconé, Araés, Cuiabá, Coroados, Porrudos, Bororos da Campanha (referente aos que habitavam a região próxima a Cáceres), Bororos Cabaçais (aqueles da região da Bacia do Rio Guaporé), Bororos Orientais e Bororos Ocidentais (divisão arbitrária feita pelo governo do Mato Grosso, no período minerador, que tem o rio Cuiabá como ponto de referência).
O Salesiano Irmão Mário Bordignon tem 74 anos, sendo 56 de vida religiosa. Ele chegou ao Brasil em 1973 trazendo na bagagem o sonho de trabalhar entre os indígenas. Profundo conhecedor da cultura e tradições orais dos Bororo, planejou o livro como forma de apoio às tradições orais dos indígenas, inserindo pedagogicamente uma forma para que os leitores memorizem a história do povo. “O certo é eles contarem a própria história e o livro pode ser um subsídio. O livro é um incentivo para eles contarem a história”, afirmou o missionário salesiano.
A versão impressa do livro faz parte da Coleção Verona Didática, das Edições Verona, SP (www.edicoesverona.com.br).