Neste mês de outubro, dedicado às missões, o jovem Erick Alexandre Gonçalves de Lima, da Paróquia Nossa Senhora da Guia de Coxipó da Ponte (MT), esteve em voluntariado missionário na aldeia de Meruri. No dia 11 de outubro, Erick compartilhou uma carta que relata sua experiência de trabalho voluntário na aldeia indígena. “Para mim é uma honra e alegria estar aqui em Meruri por alguns dias, nesse mês que a Igreja dedica às missões. Aqui em Meruri me sinto em casa…”, relata.
O jovem de 25 anos conta que foi aspirante à formação salesiana, tendo morado na missão indígena nos anos de 2015 e 2016. Desde então, conta que sempre realiza voluntariado missionário em seus períodos de férias da faculdade, tanto em Meruri, com os Bororo, quanto na missão de São Marcos, com a comunidade indígena Xavante. Após um longo período, em razão da pandemia, esteve na missão de Meruri em 11 de junho, dia que a Igreja dedica ao Sagrado Coração de Jesus. Retornou à comunidade indígena no dia 30 de setembro, onde passou 18 dias em missão.
“Toda vez que venho aqui eu aprendo algo novo, seja do evangelho, seja do amor de Deus, do amor à Nossa Senhora. Todas as vezes que venho, Deus cura um pouco mais o meu coração. Sou muito feliz quando faço voluntariado missionário, sou muito mais ajudado do que ajudo, contribui muito mais comigo do que eu contribuo com o povo e com a missão salesiana”, declara.
No voluntariado, dá apoio aos salesianos nas atividades, visitando as aldeias, famílias, oratórios, além de dar assistência às demais atividades pastorais, como formação dada a coroinhas ou à Associação de Maria Auxiliadora (ADMA). O jovem é acadêmico do sexto semestre do curso de Letras – Português/Espanhol e afirma que, futuramente, pretende desenvolver um trabalho educativo, para compartilhar conhecimentos em gramática e realizar oficinas de redação preparatórias para o Enem.
Erick conta de aprendizados que adquire sobre a cultura indígena, e sobre os rituais e contos Bororo, dos quais também participa. Inclusive, em uma das experiências missionárias, passou pelo ritual de nomeação do povo indígena (chamado Boe Iedodu) e foi batizado com um nome Bororo. Também passou pelo ritual de iniciação dos rapazes, realizado quando os jovens entram na vida adulta, chamado “Ipare eno badodu”.
“Eu particularmente devo muito à Missão, à formação, os ensinamentos que tive, em cada cuidado, vi o carinho de Deus por mim. Também quero deixar explícito, o trabalho social e espiritual, a evangelização que a Missão faz pelos povos indígenas, tudo muito contínuo, com detalhes de amor que deixam as marcas da palavra de Deus”, disse.
Ao fim da carta que redigiu contando sua experiência, Erick deixa uma mensagem de esperança e coragem aos que aspiram realizar o voluntariado missionário: “Queridos amigos e amigas, Deus nos chama a ser missionário em todos os lugares, no serviço, na família, na comunidade, em meio aos excluídos. Que Nossa Senhora Aparecida e Santa Teresinha do Menino Jesus, intercedam por nós para que sejamos cada vez mais entregues ao amor de Deus e no serviço ao próximo”, finaliza.
Confira abaixo fotos cedidas pelo jovem durante seu trabalho missionário em Meruri.