Entre os dias 15 e 21 de julho, um Grupo da Operação Mato Grosso reuniu jovens do Mato Grosso, Goiás, Tocantins e da Itália para prestar serviços voluntários em aldeias xavante, na região de Campinápolis (MT). As atividades de campo ocorreram na Aldeia Baixão do Leste e na Aldeia Lima Verde. O grupo trabalhou no encanamento de água entre as aldeias, construindo um percurso de cerca de 1.200 metros, e na reativação de um antigo poço artesiano construído pela missão salesiana, com o trabalho do Mestre Luís (Alois) Würstle.
Além dos serviços de infraestrutura, o grupo também organizou atividades para as crianças e mulheres das aldeias. As crianças participaram de jogos, dinâmicas, músicas e brincadeiras. As mulheres se reuniram para atividades de costura, realizadas em uma estrutura da escola da Aldeia Baixão.
Família destaca renovação espiritual
Ideylson dos Anjos, ex-salesiano e residente em Rondonópolis, participou das ações junto com sua esposa Juliana Ferraz e sua filha de 5 anos. Ele descreveu a importância da experiência, afirmando que ela renovou o seu espírito salesiano. “A experiência é incrível, renova o espírito salesiano, porque o espírito salesiano está vivo nas missões”, afirmou Ideylson. Ele destacou ainda a alegria que sentiu por realizar esse trabalho e a influência positiva que a experiência terá em sua vida. “Viemos aqui buscar energia, buscar espiritualidade, para a gente poder encarar o trabalho e a luta”, completou.
Jovem de Campinápolis reflete sobre a importância da ação
Igor Oliveira, jovem de Campinápolis, é outro que compartilhou suas impressões sobre a missão. Ele destaca a relevância de ajudar aqueles que estão à margem da sociedade e a necessidade de realizar uma ação concreta. “Tudo gira em torno de um só projeto, que é ajudar o outro”, afirmou Igor. Ele ainda ressaltou a importância de proporcionar uma fonte de água segura para a aldeia e refletiu sobre a facilidade de acesso à água em contraste com a realidade das comunidades indígenas.
Professora destaca organização e harmonia
Míriam Lagares, diretora da Escola Estadual Couto Magalhães, também participou das atividades por um dia. Ela ajudou na cozinha e observou as diversas equipes ensinando habilidades como crochê e costura, além de animar as crianças. “Eu fui perpassando por cada experiência, as crianças no oratório cantando, dançando, brincando, indígenas e não indígenas juntos, é muito bonito. Eram nais de 80 pessoas envolvidas com o mesmo objetivo, que é trazer vida e alegria para aquele povo xavante”, relatou Míriam.
Agradecimento e expectativas
O casal Vanderlei e Raquel Miranda coordenou as atividades do Grupo da Operação Mato Grosso em Campinápolis. Eles agradeceram a colaboração de todos os envolvidos e expressaram a esperança de que as ações tragam bons resultados para as comunidades xavantes. “Toda a parceria é bem-vinda quando se volta para essa ação junto ao povo xavante”, concluíram.
Para o diácono salesiano José Alves, que acompanhou o grupo, o movimento é interessante porque vem ao encontro do trabalho da missão salesiana e com a grande demanda da realidade é do povo xavante, que é a falta d’água. “Para nós que acompanhamos esse grupo de operação, acompanhamos as aldeias e também a missão salesiana nesse desejo de levar água para as comunidades indígenas, essa é uma ação muito bem vista, da qual a gente espera e obter bons resultados”, declarou o salesiano.