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Comunidades salesianas de Campo Grande resgatam “Ofício de Trevas”

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P. Wagner Galvão coordena o 'Ofício de Trevas' na capela do Colégio Dom Bosco. Foto: MSMT

A para-liturgia do ‘Ofício de Trevas’ é uma tradição milenar que ficou esquecida em boa parte do Brasil por muitos anos. A celebração é uma oportunidade para os fiéis mergulharem na contemplação do mistério da redenção, enfrentando o aspecto mais sombrio da história da crucificação antes de celebrar a ressurreição de Cristo no Domingo de Páscoa. Embora seja uma prática menos comum em muitas comunidades católicas hoje em dia, ainda é observada em algumas igrejas e mosteiros que buscam manter viva essa antiga tradição litúrgica.

Nesta quarta-feira (27/03) as comunidades salesianas da Capela Dom Bosco e Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora realizaram o Ofício de Trevas com grande participação das comunidades. Na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora houve a transmissão de toda a liturgia pelas redes sociais e o vídeo pode ser conferido no perfil do Facebook da paróquia.

O diretor da comunidade salesiana do Colégio Dom Bosco coordenou o resgate da celebração na capela da escola. Para que o Ofício de Trevas pudesse acontecer nesta semana santa na capela, houve o envolvimento das equipes de catequese, liturgia e acólitos, tanto da capela quando da escola. Todos passaram os últimos dias estudando os movimentos da celebração, repletos de significados e mensagens visuais e ou auditivas.

O “Ofício de Trevas” é conhecido por sua natureza sombria e penitencial, refletindo o luto e a escuridão associados à morte de Jesus Cristo. A cerimônia é realizada tipicamente à noite ou nas primeiras horas da manhã e é composta por uma série de leituras das Escrituras, salmos, cânticos e orações, muitas vezes acompanhadas por gestos simbólicos, como o apagar gradual das velas em um candelabro central, deixando o ambiente na escuridão total.

Neste ano, as presenças salesianas de Cuiabá já realizaram a celebração, assim como a Paróquia Universitária São João Bosco em Campo Grande, revelando uma retomada da prática devocional da semana santa, não obrigatória, mas muito cara para toda a Igreja.