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ANEC apresenta estudo sobre o impacto das Instituições Católicas de Ensino no Brasil

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Aula no Colégio Salesiano Santo Antônio, em Cuiabá-MT. Foto: Arquivo MSMT

Retorno Social das Instituições Católicas

A Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC) lançou um estudo inédito que revela o impacto das instituições católicas na formação humana e cidadã no país. Segundo o levantamento, realizado com base no Balanço Contábil das Mantenedoras certificadas pelo CEBAS (Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social), a cada R$ 1 de imunidade tributária, as mantenedoras católicas retornam R$ 24,34 em investimentos diretos na educação básica e superior.

O estudo “O Impacto da Educação Católica para a Sociedade Brasileira” analisou dados de 2022 e utilizou informações do Governo Federal, obtidas por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) e da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), além de dados fornecidos pelas próprias mantenedoras. O levantamento mostra que as instituições filantrópicas receberam R$ 2 bilhões em imunidade tributária no ano, enquanto o retorno em investimento direto foi de R$ 38 bilhões. O valor total devolvido à sociedade alcançou R$ 188 bilhões.

Emprego e Geração de Renda

As 657 mantenedoras católicas possuem 4.537 estabelecimentos e empregam 233 mil pessoas. Esses números colocam as instituições católicas como uma das principais geradoras de emprego no setor educacional brasileiro, com destaque para atividades de apoio à educação.

Ir. Marli Araújo da Silva, presidente da Câmara de Mantenedoras da ANEC, afirmou que o estudo busca evidenciar o resultado do trabalho realizado pelas instituições educacionais católicas no Brasil. “A pesquisa da ANEC evidencia também o quão fundamental é o trabalho realizado pelas instituições educacionais católicas. O trabalho dedicado destas 233 mil pessoas acaba capacitando as pessoas para se tornarem agentes transformadores não só da sociedade brasileira, mas do mundo”, afirmou.

Desempenho da Educação Católica na Educação Básica

O estudo revela também que as escolas católicas estão presentes em 509 municípios brasileiros, o que representa 10% do total de municípios do país. Com base em dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), foi identificado que 1.353 escolas católicas, atendendo 775.248 alunos, estão vinculadas às mantenedoras.

Mais de 20% desses alunos estudam com bolsas de estudo integrais. Além disso, os estudantes dessas instituições apresentam melhor desempenho educacional. No Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2019, os alunos das escolas católicas tiveram, em média, 20% a mais de pontuação em redação, quando comparados aos de outras escolas privadas e públicas.

Ir. Marli ressaltou que o estudo reforça o compromisso da educação católica com a qualidade e a inclusão. “A pesquisa traz informações qualitativas e quantitativas, demonstrando a alta quantidade de municípios atendidos pela educação católica, o alto número de bolsistas e a qualidade do ensino que estes estudantes estão recebendo”, afirmou.

Educação Superior com Alto Índice de Conclusão

Na Educação Superior, o estudo revela que o Brasil conta com 111 Instituições de Ensino Superior (IES) católicas, presentes em 81 municípios. Essas instituições atendem 351 mil alunos, o que representa 20% das matrículas em instituições privadas de ensino superior.

Quase 87 mil alunos das IES católicas recebem bolsas de estudo por meio de políticas públicas, como o CEBAS e o Programa Universidade Para Todos (Prouni). As faculdades e universidades católicas obtêm um desempenho 15% superior ao das demais instituições no Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD), que mede o valor agregado pelos cursos aos estudantes. Além disso, o índice de conclusão dos cursos nessas instituições é 36% maior em relação às demais IES públicas e privadas do país.

“Esses dados são fundamentais para demonstrar o impacto do ensino católico na vida de centenas de estudantes brasileiros e, consequentemente, no futuro do país. Valorizamos uma formação integral dos nossos alunos, formando não só excelentes profissionais, mas pessoas íntegras, honestas e humanas”, concluiu Ir. Marli.

Com informações: ANEC